Um Blog direcionado a Educação Infantil , com coletâneas de textos de educadores e psicólogos sobre o comportamento dos pequeninos.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Amor DOCE- Vovô &Vovó
Quem cuida do seu filho são os avós? Veja como conversar com seus pais ou sogros para que a relação continue boa, mas que eles levem em consideração a maneira como você acredita ser o melhor na hora de cuidar do seu filho. Confira.
Avós são pais pela segunda vez. Você, certamente, já ouviu esse ditado. Uma pesquisa divulgada pela Academia Americana de Pediatria mostrou que o número de avós que cuidam dos netos aumentou mais de 20% nos últimos dez anos nos Estados Unidos. Nesse país, são 2,87 milhões de avós cuidando dos netos. Aqui no Brasil, não existe um número oficial, mas os especialistas entrevistados para esta reportagem afirmam que a tendência se confirma.
Mas será que eles estão por dentro das mudanças que ocorreram nos últimos anos sobre o jeito de cuidar das crianças? Para descobrir isso, os pesquisadores entrevistaram 49 avós. Cada um deles teve que responder a um questionário com 15 perguntas sobre segurança de crianças de todas as idades.
Quando perguntados sobre a melhor posição para o bebê dormir, 33% disseram de costas, 23% de lado e 43,8% de barriga para cima. Vale lembrar que a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam que as crianças durmam de barriga para cima. Essa é a posição mais segura para prevenir a morte súbita. Além disso, a criança respira melhor e tem menos risco de engasgo – caso vomite, ela vai girar a cabeça para o lado.
Nas perguntas sobre a posição correta da cadeirinha no carro, 24,5% responderam que crianças de até 10 quilos devem andar viradas de frente para o painel. No entanto, a recomendação é que elas usem o bebê-conforto e fiquem viradas de costas para o painel.
Outro ponto questionado foi em relação ao uso de protetores, bichos de pelúcia e cobertores no berço dos bebês. Apesar de a AAP e a SBP não recomendarem o uso de protetores de berço – porque aumentam o risco de sufocação e servem como trampolim para a criança se apoiar para sair do berço –, cerca de 49% dos avós acham que esses itens são importantes para garantir o conforto das crianças.
E o número mais expressivo da pesquisa é que 74% dos avós afirmaram que o andador estimula as crianças a andar. Se você também acredita que o acessório é importante, saiba que os riscos são grandes. Ele pode até dar mais independência aos bebês, mas eles ainda não têm maturidade física e emocional para tanta liberdade. Assim, ao se locomoverem rapidamente, pode ser que não dê tempo de você socorrer seu filho se ele estiver perto de escadas, tomadas e até do fogão. Outro ponto importante é que o acessório pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, fazendo com que ela leve mais tempo para ficar em pé e caminhar sem apoio.
Como fica a relação?
Se o seu filho fica com os avós, você bem sabe que esses pontos apontados pelo estudo são apenas alguns no dia a dia. Mas como dizer que não é preciso engrossar o leite de jeito nenhum sem causar um mal-estar na família?
Para a psicóloga Melina Blanco Amarins, do Serviço Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein (SP), o mais importante é que os papéis sejam bem definidos. “Os avós precisam entender que os pais são os responsáveis pela criança e, sendo assim, devem seguir as recomendações dadas por eles”, diz a especialista.
O melhor jeito para passar o recado é falar com delicadeza, sem passar a impressão de que eles não sabem de nada. Afinal, além de estarem ajudando você, acreditam que o que funcionou na criação dos filhos deles também deveria servir para os seus.
Que tal tentar algo como: “Olha, mãe, eu também não sabia, mas o pediatra dele me avisou que o melhor jeito para dormir é de barriga para cima”. Então, fale das evidências científicas para que eles entendam que existe uma razão por trás daquele pedido, além da sua vontade, claro.
E antes de explodir mediante um conflito, pense o quanto seu filho ganha por ter os avós à disposição dele. “Além da tranquilidade para os pais, carinho e amor dos avós são fundamentais”, diz o pediatra Ricardo Simões Morando, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).
Melina também aconselha aos pais que escolham os assuntos que devem ser conversados. Claro que a segurança do seu filho sempre deve vir em primeiro lugar, mas, em relação à alimentação, por exemplo, se você não quer que ele coma doces, mas chegou na casa de sua sogra e seu filho está com um biscoito nas mãos, respire fundo antes de falar alguma coisa. “Lembre-se que eles cuidam do seu filho com tanto carinho. Será que aquele biscoito merece mesmo uma discussão?”, diz a psicóloga.
Por fim, sugira a eles acompanharem você em uma consulta ao pediatra. Pode ser que lá, ao ouvir as recomendações de um profissional, tudo melhore entre vocês. Não custa tentar, não é mesmo?
Fonte: Crescer
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Filhos: após separação.
Ajude seu filho a assimilar melhor a separação
Decisões tomadas em conjunto facilitam entendimento da nova estrutura familiar
O casal já tomou a decisão de se divorciar, mas como comunicar aos filhos sobre o fim do casamento sem provocar ressentimentos? Em meio à decepções, crianças e adolescentes se sentem divididos e, muitas vezes, guardam para si dores que se refletirão mais tarde na vida adulta. De acordo com a terapeuta familiar Marina Vasconcelos, o processo de separação pode causar traumas graves nos filhos se não for muito bem resolvido entre todos os integrantes da família. "O diálogo e o respeito são fundamentais para que eles não saiam machucados da história e possam ter uma visão positiva dos relacionamentos amorosos", explica. "Mesmo nas situações delicadas, os pais servem de exemplos para os filhos. Se o exemplo é ruim, o filho, mesmo inconscientemente, vai segui-lo", aponta a terapeuta.
Como contar para os filhos?
A melhor opção é que os pais combinem entre si qual vai ser a versão contada para os filhos sobre os motivos da separação. A informação deve ser verdadeira e clara, mas sem ferir a moral de um dos envolvidos. "Quando o motivo é traição ou qualquer outro problema que de alguma maneira possa denegrir a imagem de um dos dois, é melhor omitir, afinal, ninguém tem o direito de ferir a imagem do pai ou da mãe para se vingar do parceiro", recomenda a Marina Vasconcelos.
Outro ponto é conversar com os filhos juntos, mostrando que há respeito e amizade entre o casal mesmo diante de um momento tão delicado. "Se o comunicado é feito por apenas uma das partes, a tendência é que os filhos tomem partido dela, por isso é importante que os dois estejam presentes", explica Marina.
Se os filhos ainda são muito pequenos, vale o mesmo procedimento: converse com a criança mostrando a ela que o pai e a mãe vão morar em casas separadas, mas que vão continuar sendo seus pais.
Minha família acabou?
A primeira coisa que passa pela cabeça dos filhos quando os pais se separam é a ideia de que a família unida e feliz que eles tinham não existe mais. Essa sensação ruim e intensa pode gerar consequências graves no comportamento das crianças. É nesse momento que os pais devem deixar muito claro, com conversas e atitudes, que pai e mãe não se separam dos filhos, "Acaba o casamento, mas o elo de maternidade e paternidade é para sempre", explica a terapeuta.
Também cabe aos pais mostrar que a família não acabou, apenas mudou seu núcleo. Nesse processo, é importante manter a participação das duas partes na criação dos filhos para que eles possam se livrar da sensação negativa de desamparo.
Mostre para os pequenos que pode ser divertido morar em duas casas, mas evite que ele crie uma visão de que a casa de um é diversão e a do outro, família. As regras de educação devem ser as mesmas nos dois novos lares.
Rotina nova pelo bem dos filhos
Assim como a decisão de como contar sobre o motivo da separação deve ser partilhada, os pais devem combinar entre si, a nova rotina dos filhos de modo que eles possam ficar com os pais de maneira igualitária. De acordo com Marina Vasconcelos, um erro comum dos pais é não deixar claro quais são os direitos e deveres de cada um dentro da nova constituição familiar, e isso faz com que os filhos se sintam inseguros em relação à participação de uma das partes na educação deles. "É fundamental existir uma conversa clara e democrática entre toda a família para que se estabeleçam regras e horários fixos para controlar as tarefas diárias", diz a terapeuta. "Na infância, essa delimitação deve ser ainda mais efetiva. Mesmo que a criança não entenda que ali houve um acordo, ela deve sentir que a presença dos pais na vida dela não se alterou com o divórcio."
"O diálogo e o respeito são fundamentais para que eles não saiam machucados e tenham uma visão positiva dos relacionamentos amorosos"As consequências do não entendimento da nova estrutura familiar que se constitui após a separação podem ser bastante doloras para os filhos. Um exemplo é a família de Rafael, pai de João, Pedro e Clarissa. "Depois da separação, Raquel, a mãe das crianças, não manteve contato frequente com elas e, por isso, quando ela aparece, as crianças ficam sem reação. Parece que o elo entre mãe e filhos foi cortado. É triste perceber que eles já não a tem como referência", diz ele.
As diferenças entre o casal devem ser resolvidas entre eles e sem a participação dos filhos. O ideal, segundo Marina, é que os filhos tenham liberdade para ver os pais e falar com eles na hora que precisarem, sem que sejam controlados e censurados, já que quando a família morava na mesma casa, eles tinham esse direito. "O filho tem que poder amar os dois, tem o direito de ter os dois, mesmo que separados. Quando os pais começam a usar o filho em chantagens que afetam o outro, por vingança ou por birra, o obrigam a tomar partido de algum dos lados, o que não é nada saudável", explica a terapeuta.
O filho é o reflexo dos pais
Desde pequenos, os filhos se inspiram nos pais para moldar seu caráter e personalidade. "Quando alguma coisa sai errada, esse referencial se distorce e uma nova versão toma corpo. O filho passa a achar natural relacionamentos conturbados, brigas entre casal e tende a procurar para si a referência que ele tem: a do amor como forma de dor", alerta Marina Vasconcelos.
Dicas para viver em harmonia depois da separação
•O casal deve se esforçar ao máximo para buscar uma separação amigável
•Os pais devem manter uma rotina para os filhos e deixar claro direitos e deveres de cada uma das partes
•Pai e mãe nunca devem falar mal do outro para a criança
•Os pais devem procurar um profissional, caso a família não consiga resolver seus conflitos de forma harmoniosa.
Por Natalia do Vale - publicado em 14/09/2009
Decisões tomadas em conjunto facilitam entendimento da nova estrutura familiar
O casal já tomou a decisão de se divorciar, mas como comunicar aos filhos sobre o fim do casamento sem provocar ressentimentos? Em meio à decepções, crianças e adolescentes se sentem divididos e, muitas vezes, guardam para si dores que se refletirão mais tarde na vida adulta. De acordo com a terapeuta familiar Marina Vasconcelos, o processo de separação pode causar traumas graves nos filhos se não for muito bem resolvido entre todos os integrantes da família. "O diálogo e o respeito são fundamentais para que eles não saiam machucados da história e possam ter uma visão positiva dos relacionamentos amorosos", explica. "Mesmo nas situações delicadas, os pais servem de exemplos para os filhos. Se o exemplo é ruim, o filho, mesmo inconscientemente, vai segui-lo", aponta a terapeuta.
Como contar para os filhos?
A melhor opção é que os pais combinem entre si qual vai ser a versão contada para os filhos sobre os motivos da separação. A informação deve ser verdadeira e clara, mas sem ferir a moral de um dos envolvidos. "Quando o motivo é traição ou qualquer outro problema que de alguma maneira possa denegrir a imagem de um dos dois, é melhor omitir, afinal, ninguém tem o direito de ferir a imagem do pai ou da mãe para se vingar do parceiro", recomenda a Marina Vasconcelos.
Outro ponto é conversar com os filhos juntos, mostrando que há respeito e amizade entre o casal mesmo diante de um momento tão delicado. "Se o comunicado é feito por apenas uma das partes, a tendência é que os filhos tomem partido dela, por isso é importante que os dois estejam presentes", explica Marina.
Se os filhos ainda são muito pequenos, vale o mesmo procedimento: converse com a criança mostrando a ela que o pai e a mãe vão morar em casas separadas, mas que vão continuar sendo seus pais.
Minha família acabou?
A primeira coisa que passa pela cabeça dos filhos quando os pais se separam é a ideia de que a família unida e feliz que eles tinham não existe mais. Essa sensação ruim e intensa pode gerar consequências graves no comportamento das crianças. É nesse momento que os pais devem deixar muito claro, com conversas e atitudes, que pai e mãe não se separam dos filhos, "Acaba o casamento, mas o elo de maternidade e paternidade é para sempre", explica a terapeuta.
Também cabe aos pais mostrar que a família não acabou, apenas mudou seu núcleo. Nesse processo, é importante manter a participação das duas partes na criação dos filhos para que eles possam se livrar da sensação negativa de desamparo.
Mostre para os pequenos que pode ser divertido morar em duas casas, mas evite que ele crie uma visão de que a casa de um é diversão e a do outro, família. As regras de educação devem ser as mesmas nos dois novos lares.
Rotina nova pelo bem dos filhos
Assim como a decisão de como contar sobre o motivo da separação deve ser partilhada, os pais devem combinar entre si, a nova rotina dos filhos de modo que eles possam ficar com os pais de maneira igualitária. De acordo com Marina Vasconcelos, um erro comum dos pais é não deixar claro quais são os direitos e deveres de cada um dentro da nova constituição familiar, e isso faz com que os filhos se sintam inseguros em relação à participação de uma das partes na educação deles. "É fundamental existir uma conversa clara e democrática entre toda a família para que se estabeleçam regras e horários fixos para controlar as tarefas diárias", diz a terapeuta. "Na infância, essa delimitação deve ser ainda mais efetiva. Mesmo que a criança não entenda que ali houve um acordo, ela deve sentir que a presença dos pais na vida dela não se alterou com o divórcio."
"O diálogo e o respeito são fundamentais para que eles não saiam machucados e tenham uma visão positiva dos relacionamentos amorosos"As consequências do não entendimento da nova estrutura familiar que se constitui após a separação podem ser bastante doloras para os filhos. Um exemplo é a família de Rafael, pai de João, Pedro e Clarissa. "Depois da separação, Raquel, a mãe das crianças, não manteve contato frequente com elas e, por isso, quando ela aparece, as crianças ficam sem reação. Parece que o elo entre mãe e filhos foi cortado. É triste perceber que eles já não a tem como referência", diz ele.
As diferenças entre o casal devem ser resolvidas entre eles e sem a participação dos filhos. O ideal, segundo Marina, é que os filhos tenham liberdade para ver os pais e falar com eles na hora que precisarem, sem que sejam controlados e censurados, já que quando a família morava na mesma casa, eles tinham esse direito. "O filho tem que poder amar os dois, tem o direito de ter os dois, mesmo que separados. Quando os pais começam a usar o filho em chantagens que afetam o outro, por vingança ou por birra, o obrigam a tomar partido de algum dos lados, o que não é nada saudável", explica a terapeuta.
O filho é o reflexo dos pais
Desde pequenos, os filhos se inspiram nos pais para moldar seu caráter e personalidade. "Quando alguma coisa sai errada, esse referencial se distorce e uma nova versão toma corpo. O filho passa a achar natural relacionamentos conturbados, brigas entre casal e tende a procurar para si a referência que ele tem: a do amor como forma de dor", alerta Marina Vasconcelos.
Dicas para viver em harmonia depois da separação
•O casal deve se esforçar ao máximo para buscar uma separação amigável
•Os pais devem manter uma rotina para os filhos e deixar claro direitos e deveres de cada uma das partes
•Pai e mãe nunca devem falar mal do outro para a criança
•Os pais devem procurar um profissional, caso a família não consiga resolver seus conflitos de forma harmoniosa.
Por Natalia do Vale - publicado em 14/09/2009
Como lidar com crianças tímidas.
Os pais podem contribuir para que seus filhos aprendam a lidar com a timidez. Veja as dicas da especialista.
O comportamento das mães pode ser um antídoto contra a timidez. É o que conclui uma pesquisa da Universidade de Maryland (EUA). De acordo com especialistas, a mãe tem um papel essencial na timidez dos filhos, tanto de forma positiva como negativa. Em entrevista a CRESCER Online, a psicóloga Isabel Gomes, da Universidade de São Paulo, explica o papel materno na personalidade da criança e dá dicas de como as mães (e os pais, também) podem ajudar os filhos.
CRESCER Online - Quais são os principais fatores que influenciam na timidez de uma criança?
Isabel Gomes - O ambiente familiar é um dos principais fatores porque a criança é muito dependente dele e, conforme ele é composto, pode acentuar uma tendência inata à inibição. Tem também a carga genética que cada um de nós traz, responsável por gerar características de personalidade: alguns são mais tímidos e, outros, mais extrovertidos.
CRESCER Online - Um estudo da Universidade de Maryland afirma que a mãe pode ajudar seu filho a perder a timidez. Na sua opinião, quais as possibilidades de isso acontecer?
Isabel Gomes - Acho que isso pode acontecer, sim. Por exemplo, se você tiver uma criança mais quietinha e tímida que é criada em uma família com pais que desenvolvem o contato social, ela melhora. Em situação oposta, a criança pode ficar mais tímida ainda. A mãe tem que passar confiança à criança, incentivá-la a participar de outros ambientes. Sem dúvida, essas são formas de a mãe estimular o filho a perder a timidez.
CRESCER Online - Filhos de pais superprotetores tendem a ser mais tímidos?
Isabel Gomes - Filhos de pais superprotetores são crianças mais retraídas, sim. São aquelas mães que não deixam seus filhos ficar com mais ninguém e não estimulam o contato social.
CRESCER Online - Tem como a mãe não se sentir mais culpada ainda pela timidez de seu filho?
Isabel Gomes - Claro que sim. Não adianta dizermos que a mãe é causadora de todos os problemas porque geramos culpa. O que deve ser ressaltado é que a mãe pode estimular muitas coisas na criança: não só a capacidade de socialização, mas a confiança e a segurança. É importante mostrar como os pais podem contribuir e estimular a melhora de seus filhos.
CRESCER Online - E como pode ser esse estímulo da mãe? Como buscar uma ajuda profissional quando a mãe perceber que a situação foge de suas possibilidades?
Isabel Gomes - As dicas que dou em relação ao estímulo das mães é: desde que seu filho é pequeno, coloque-o em contato com outras crianças para estimular todas as formas de contato social, deixe a criança passear na casa de familiares e amiguinhos, leve-a para fazer programas como cinema, teatro. Mas não adianta apenas informar essas coisas. Têm muitas mães que estabelecem uma relação grudada com seus filhos porque são inseguras e não conseguem dividir a criança com o mundo, muitas vezes nem com o pai. Elas precisam também de uma ajuda especializada para entender esses fatores e soltar o filho. Precisam estar prontas para gerar autonomia na criança. O pai também é muito importante por ser o primeiro elo da cadeia que separa a criança da mãe.
CRESCER Online - E como ele pode atuar nisso?
Isabel Gomes - Acho que ele tem de se fazer presente e dividir os cuidados com a mãe. Algumas mães são ambíguas, reclamam e querem a ajuda do marido, mas quando ele vai atuar, elas dizem que ele faz errado. Tem que saber entender os homens também e deixá-los ganhar esse espaço.
CRESCER Online - Como perceber o limite entre o excesso ou a falta de timidez?
Isabel Gomes - No geral, as pessoas sabem reconhecer uma criança que é extrovertida, sociável, mas que sabe respeitar os limites do outro. Quando as crianças têm um desenvolvimento emocional normal, elas gostam de ser o centro das atenções, gostam de contato interpessoal, mas ao mesmo tempo ficam tímidas em uma situação nova. Isso é normal. Chama a atenção aquela que fica em um cantinho e não interage com ninguém, como também aquela que não pára um segundo. São dois extremos facilmente perceptíveis.
Graziela Salomão
O comportamento das mães pode ser um antídoto contra a timidez. É o que conclui uma pesquisa da Universidade de Maryland (EUA). De acordo com especialistas, a mãe tem um papel essencial na timidez dos filhos, tanto de forma positiva como negativa. Em entrevista a CRESCER Online, a psicóloga Isabel Gomes, da Universidade de São Paulo, explica o papel materno na personalidade da criança e dá dicas de como as mães (e os pais, também) podem ajudar os filhos.
CRESCER Online - Quais são os principais fatores que influenciam na timidez de uma criança?
Isabel Gomes - O ambiente familiar é um dos principais fatores porque a criança é muito dependente dele e, conforme ele é composto, pode acentuar uma tendência inata à inibição. Tem também a carga genética que cada um de nós traz, responsável por gerar características de personalidade: alguns são mais tímidos e, outros, mais extrovertidos.
CRESCER Online - Um estudo da Universidade de Maryland afirma que a mãe pode ajudar seu filho a perder a timidez. Na sua opinião, quais as possibilidades de isso acontecer?
Isabel Gomes - Acho que isso pode acontecer, sim. Por exemplo, se você tiver uma criança mais quietinha e tímida que é criada em uma família com pais que desenvolvem o contato social, ela melhora. Em situação oposta, a criança pode ficar mais tímida ainda. A mãe tem que passar confiança à criança, incentivá-la a participar de outros ambientes. Sem dúvida, essas são formas de a mãe estimular o filho a perder a timidez.
CRESCER Online - Filhos de pais superprotetores tendem a ser mais tímidos?
Isabel Gomes - Filhos de pais superprotetores são crianças mais retraídas, sim. São aquelas mães que não deixam seus filhos ficar com mais ninguém e não estimulam o contato social.
CRESCER Online - Tem como a mãe não se sentir mais culpada ainda pela timidez de seu filho?
Isabel Gomes - Claro que sim. Não adianta dizermos que a mãe é causadora de todos os problemas porque geramos culpa. O que deve ser ressaltado é que a mãe pode estimular muitas coisas na criança: não só a capacidade de socialização, mas a confiança e a segurança. É importante mostrar como os pais podem contribuir e estimular a melhora de seus filhos.
CRESCER Online - E como pode ser esse estímulo da mãe? Como buscar uma ajuda profissional quando a mãe perceber que a situação foge de suas possibilidades?
Isabel Gomes - As dicas que dou em relação ao estímulo das mães é: desde que seu filho é pequeno, coloque-o em contato com outras crianças para estimular todas as formas de contato social, deixe a criança passear na casa de familiares e amiguinhos, leve-a para fazer programas como cinema, teatro. Mas não adianta apenas informar essas coisas. Têm muitas mães que estabelecem uma relação grudada com seus filhos porque são inseguras e não conseguem dividir a criança com o mundo, muitas vezes nem com o pai. Elas precisam também de uma ajuda especializada para entender esses fatores e soltar o filho. Precisam estar prontas para gerar autonomia na criança. O pai também é muito importante por ser o primeiro elo da cadeia que separa a criança da mãe.
CRESCER Online - E como ele pode atuar nisso?
Isabel Gomes - Acho que ele tem de se fazer presente e dividir os cuidados com a mãe. Algumas mães são ambíguas, reclamam e querem a ajuda do marido, mas quando ele vai atuar, elas dizem que ele faz errado. Tem que saber entender os homens também e deixá-los ganhar esse espaço.
CRESCER Online - Como perceber o limite entre o excesso ou a falta de timidez?
Isabel Gomes - No geral, as pessoas sabem reconhecer uma criança que é extrovertida, sociável, mas que sabe respeitar os limites do outro. Quando as crianças têm um desenvolvimento emocional normal, elas gostam de ser o centro das atenções, gostam de contato interpessoal, mas ao mesmo tempo ficam tímidas em uma situação nova. Isso é normal. Chama a atenção aquela que fica em um cantinho e não interage com ninguém, como também aquela que não pára um segundo. São dois extremos facilmente perceptíveis.
Graziela Salomão
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Xixi na Cama...
Até quando é normal fazer xixi na cama?
A enurese noturna, que nada mais é que o ato da pessoa fazer xixi na cama, é um fato cotidiano na vida de crianças de 0 a 5 anos de idade. A enurese noturna pode inclusive afetar pessoas na adolescência e, em casos raros, na fase adulta, caso não tratado corretamente. Aproveitando o tema em questão, a primeira pergunta que vem à cabeça de cada nove entre dez pais é a seguinte: por que a criança muitas vezes não consegue controlar a vontade de urinar enquanto dorme?
Acontece que até mais ou menos os três anos de idade o queridinho da família ainda não tem o completo desenvolvimento da micção, ação responsável pela coordenação dos órgãos do sistema urinário. Logicamente a formação varia conforme a criança, entretanto, somente a partir dos 5 anos ela já possui o controle diurno da micção. A enurese noturna é mais comum em meninos (três casos para cada um do sexo feminino).
O hábito de fazer xixi na cama passa a ser encarado de forma mais preocupante após o quinto ano de vida, fase em que a criança já devia ter maior controle da micção. A causa da enurese noturna pode estar relacionada a problemas psico-sociais, como crises na família (separação dos pais, brigas, medo ou falta de atenção); hereditariedade (pais que na infância também tiveram problemas semelhantes) e problemas na bexiga (instabilidade vesical e outras disfunções anatômicas).
A médica residente em pediatria do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos/SP, Marcellina Basseto explica que os pais devem estimular desde cedo o filho a ter maior controle miccional. A especialista afirma que é fundamental que os pais exponham à criança os transtornos causados pela enurese noturna, ilustrando o pensamento de maneira educativa e nunca de forma repreensiva. "O pai deve ter calma ao conversar com o filho, procurando saber se existe algum problema que o afeta. O nervosismo na conduta pode deixar a criança ainda mais angustiada, podendo atrapalhar em vez de ajudá-la a melhorar", informa.
Como controlar o pipi durante o sono - A profissional destaca alguns exercícios simples que contribuem para a conscientização e desenvolvimento voluntário da micção. A primeira delas é levar a criança para urinar e, durante o ato, interromper a micção por alguns segundos para, em seguida, fazer com que ela volte a fazer xixi. A atividade exercita o músculo da bexiga conhecido como esfíncter, que controla a perda urinária.
Outra recomendação é fazer um calendário, onde os pais, com a participação da criança, anotam os dias em que a criança ficou sem urinar na cama. Uma terceira iniciativa visando controlar a "torneirinha" durante o sono é fazer com que a criança, acompanhada do pai ou da mãe, lave o lençol e o pijama molhado pela urina, mesmo que seja de mentirinha (roupas previamente lavadas). Nesses dois últimos casos citados, o estímulo à conscientização por parte da criança é o principal objetivo desejado.
"Ao término de cada atividade, os pais devem dar uma prenda ao filho como recompensa pela sua participação com sucesso. A atitude estimulará a seguir suas lições corretamente", completa Marcellina Bassetto.
Bruno Rodrigues
A enurese noturna, que nada mais é que o ato da pessoa fazer xixi na cama, é um fato cotidiano na vida de crianças de 0 a 5 anos de idade. A enurese noturna pode inclusive afetar pessoas na adolescência e, em casos raros, na fase adulta, caso não tratado corretamente. Aproveitando o tema em questão, a primeira pergunta que vem à cabeça de cada nove entre dez pais é a seguinte: por que a criança muitas vezes não consegue controlar a vontade de urinar enquanto dorme?
Acontece que até mais ou menos os três anos de idade o queridinho da família ainda não tem o completo desenvolvimento da micção, ação responsável pela coordenação dos órgãos do sistema urinário. Logicamente a formação varia conforme a criança, entretanto, somente a partir dos 5 anos ela já possui o controle diurno da micção. A enurese noturna é mais comum em meninos (três casos para cada um do sexo feminino).
O hábito de fazer xixi na cama passa a ser encarado de forma mais preocupante após o quinto ano de vida, fase em que a criança já devia ter maior controle da micção. A causa da enurese noturna pode estar relacionada a problemas psico-sociais, como crises na família (separação dos pais, brigas, medo ou falta de atenção); hereditariedade (pais que na infância também tiveram problemas semelhantes) e problemas na bexiga (instabilidade vesical e outras disfunções anatômicas).
A médica residente em pediatria do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos/SP, Marcellina Basseto explica que os pais devem estimular desde cedo o filho a ter maior controle miccional. A especialista afirma que é fundamental que os pais exponham à criança os transtornos causados pela enurese noturna, ilustrando o pensamento de maneira educativa e nunca de forma repreensiva. "O pai deve ter calma ao conversar com o filho, procurando saber se existe algum problema que o afeta. O nervosismo na conduta pode deixar a criança ainda mais angustiada, podendo atrapalhar em vez de ajudá-la a melhorar", informa.
Como controlar o pipi durante o sono - A profissional destaca alguns exercícios simples que contribuem para a conscientização e desenvolvimento voluntário da micção. A primeira delas é levar a criança para urinar e, durante o ato, interromper a micção por alguns segundos para, em seguida, fazer com que ela volte a fazer xixi. A atividade exercita o músculo da bexiga conhecido como esfíncter, que controla a perda urinária.
Outra recomendação é fazer um calendário, onde os pais, com a participação da criança, anotam os dias em que a criança ficou sem urinar na cama. Uma terceira iniciativa visando controlar a "torneirinha" durante o sono é fazer com que a criança, acompanhada do pai ou da mãe, lave o lençol e o pijama molhado pela urina, mesmo que seja de mentirinha (roupas previamente lavadas). Nesses dois últimos casos citados, o estímulo à conscientização por parte da criança é o principal objetivo desejado.
"Ao término de cada atividade, os pais devem dar uma prenda ao filho como recompensa pela sua participação com sucesso. A atitude estimulará a seguir suas lições corretamente", completa Marcellina Bassetto.
Bruno Rodrigues
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Crianças mentem!
Muitas mães leitoras do Blog nos escrevem a pedir opinião sobre como lidar com as mentiras que seus filhos contam, elas ficam ansiosas por não saberem lidar com isto e principalmente por não saberem como solucionar este problema. Antes de mais é preciso saber que as crianças adoram inventar história e tem a imaginação bastante fértil. Mas o problema é quando essa imaginação vira mentira prejudicial. Então é bom você tomar cuidado para que o seu filho saiba a diferença entre a verdade e a mentira e que as histórias inventadas geralmente ‘cabem’ em contos de fadas, desenhos animados, tem hora e local certo; e não podem ser ditas sempre como se fossem verdadeiras.
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É muito normal as crianças entrarem nesse mundo de contos de fadas e gostarem de brincar de inventar personagens e situações. Isso é muito natural e saudável, faz parte da infância dele, mas o problema surge quando ele fica preso no mundo da imaginação e não consegue mais distinguir o que é verdade do que é o mundo da fantasia. E é aí que você entra e precisa colocar um ‘ freio’ nele e ensinar o que é mentira e o que é verdade, e que a verdade sempre deve dar lugar a imaginação.
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Dê bons exemplos ao seus filhos!
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O problema da mentira é quando a criança começa a tornar isto um hábito e faz o uso da mentira para manipular os pais e conseguir aquilo que deseja. Outro fator importante que você tem que prestar atenção é além da freqüência da mentira, é a idade que o seu filho conta a mentira. Tudo isso é muito importante já que você precisa cortar desde os primeiros sinais o hábito da mentira.
Depois de você saber onde, e em que situação o seu filho mente, você precisa demonstrar e ensinar que aquilo é errado e mostrar as conseqüências que a mentira tem. Na maioria das vezes, as crianças mentem porque veem os adultos e até mesmo você mentindo ou fingindo; lembre-se que você é um espelho para o seu filho e ele vai te imitar em todas e qualquer situações.
Mas vá com calma na hora de conversar. Por mais que a mentira seja perigosa e um acto não aconselhável, não adianta ser dura com ele, já que para o seu filho esse mundo da fantasia é normal e até mesmo aceitável, ou até porque ele presencia alguém da família a contar uma mentira ‘inocente’. É este um dos pontos mais importantes! Não mentir para ele e tão pouco mentir para outras pessoas na presença dele.
A conversa calma e paciente é o melhor caminho. Você deve explicar-lhe que há horas para brincadeiras eimaginação e há horas onde precisa falar a verdade.
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Você também precisa deixar claro que a mentira é algo muito ruim e que pode machucar as pessoas. Se depois de tudo isso a mentira ainda persistir, você aí sim deve ser maisdura com ele ou até mesmo procurar um auxílio psicológico para ver o porquê desta compulsão pela mentira.
Saiba mais em: As Mentiras e as Crianças
Fonte: http://www.blogdacrianca.com/como-lidar-com-as-mentiras-que-os-filhos-contam/#ixzz1uPlmDdXO
domingo, 6 de maio de 2012
As crianças e a mentira- Roque Theophilo
O comportamento estruturado em bases sadias se aprende no lar na escola e na sociedade. Mas é o lar o ponto de partida.
De forma genérica os pais se preocupam quando o seu filho diz mentira.
É normal que as crianças de quatro a cinco anos pelo processo psicológico de fantasia se divertem ouvindo e inventando histórias, confundindo a realidade com a fantasia. A criança com mais idade pode mentir para se isentar de culpas. Quando são descobertos em vez de serem castigados compete aos pais mostrar-lhe a importância da verdade, da honradez e da confiança que necessitam adquirir na vida falando a verdade Alguns adolescentes descobrem que as mentiras podem ser aceitas em algumas ocasiões e considera-las aceitáveis, como por exemplo, não dizer a razão correta e verdadeira de ter faltado às aulas porque estava com diarréia.Teme que o fato poderia trazer por parte dos colegas e professores motivos para zombarias Outros adolescentes mentem para proteger sua privacidade ou para sentir-se psicologicamente independentes de seus pais como por exemplo, negando que saíram de madrugada com os seus amigos .
Quando a mentira pode indicar problemas emocionais
Algumas crianças, sabendo da diferença entre a verdade e a mentira, elaboram historias que parecem verdadeiras. Estas crianças e adolescentes relatam historias com grande entusiasmo, já que são ouvidos com muita atenção embora falando mentira. Outras crianças e adolescentes, que geralmente agem de forma responsável, podem cair no vício de começar a mentir repetidamente. Eles acreditam que dizer mentiras é a melhor maneira de satisfazer as perguntas de seus pais, professores e amigos Tais pessoas usualmente não estão procurando ser maldosos, porem por mentirem repetidamente se converte em vício.
Há entretanto crianças ou adolescentes que mentem para tirar proveito.
Alguns adolescentes mentem freqüentemente para ocultar problemas sérios como por exemplo quando consomem drogas ilegais ou álcool, ou irão mentir para ocultar onde têm estado, com quem andam, ou que estavam fazendo quando faltaram na escola, onde têm gastado dinheiro etc.
O que deve se fazer quando a criança mente?
Os pais são modelo de maior importância para os filhos. Quando a criança ou o adolescente mentem, os pais devem descobrir em tempo para falar seriamente com eles a respeito da diferença entre a fantasia e a realidade, a mentira e a verdade.
A importância da honestidade em casa
Quando a criança ou o adolescente desenvolve um comportamento usual de mentir, então necessita de ajuda profissional. Uma avaliação psicológica pode ajudar a criança e seus pais a entender o comportamento da criança com referência a mentira e pode também lhes dar orientações para o futuro A mentira branca As "palavras certas" no convívio com os outros são cada vez mais uma forma da mais pura mentira. Oculta-se o que não se deseja falar ou apresenta a verdade em doses reduzidas. Os americanos chamam essa "forma elaborada" de comunicação de "mentiras brancas". Aqueles que sempre dizem a verdade são infelizmente catalogados pelos mentirosos como ingênuos, e eles alegam que por não saberem "dourar a pílula" com mentirinhas, facilmente ganham inimigos.
O resultado das pesquisas sobre a mentira.
Calcula-se que uma mentira vem aos nossos lábios cerca de 200 vezes por dia, em média uma a cada 5 minutos. Começando por falsos elogios ("Você está com excelente aparência!") até mentiras descaradas ("Hoje eu não posso ir ao escritório, estou gripado") e o pior quando os pais mandam os filhos dizerem ("Diga que eu não estou em casa"). Há alguns anos ocupam-se com o mistério da mentira não apenas filósofos, mas também cientistas políticos e psicólogos. Mentira e engano estão presentes em nossos genes, foram e serão os motores da evolução. Alguns biólogos presumem que o desenvolvimento do cérebro humano só foi possível por ter que lidar com enganos.
Nós adulamos, enganamos e sorrimos diariamente com olhar inocente para manter uma boa atmosfera ou para nos apresentar numa luz mais favorável. Principalmente os cônjuges e familiares são enganados de maneira intensa. Eles são vítimas de dois terços de todas as mentiras graves segundo as análises de diários de pesquisadores da Universidade da Virgínia em Charlottesville. Talento para enganar é sinal de inteligência dizem os hipócritas; um fator de sucesso, tão útil como perspicácia, intuição ou criatividade. "O sucesso profissional de um executivo depende em 80% da sua inteligência social", afirma Howard Gardner, psicólogo da Harvard School of Education. Também Peter Stiegnitz, um pesquisador da mentira em Viena (Áustria), pensa que os "carreiristas preferem trabalhar com jeito e charme ao invés de fazê-lo com aplicação e perseverança".
O objetivo da educação diplomática:
As crianças aprendem, desde cedo, que é melhor não dizer à sua antipática tia que acham nojento o seu beijo lambuzado. A alegria dissimulada da mãe ao receber o presente de aniversário inútil, os doces escondidos furtivamente e a lei do silêncio sobre inconvenientes familiares são modelos e treinamento para as mentiras diárias no futuro da criança.
Quando as crianças compreendem a necessidade de mentir
As crianças compreendem a necessidade de mentir tanto mais cedo quanto mais inteligentes elas forem. Nos primeiros anos de vida elas não sabem distinguir fantasia da realidade. Quando então descobrem, como é possível lograr os outros, elas o fazem primeiramente em proveito próprio, a fim de evitar castigos ou para receber alguma recompensa. Mais ou menos a partir dos sete anos de idade elas aprendem a diferenciar o pensamento verdadeiro do falso. Durante a adolescência os jovens aprendem a distinguir com certa precisão se alguém está sendo sincero ou não É lamentável como hoje em dia se lida levianamente com o conceito "mentira" ou com a própria mentira, havendo pesquisas e estudos sobre a mentira; na qual tenta-se explicá-la, achando que é, até mesmo uma "necessidade da vida" e, em última análise, como algo "bom" o que não é verdade. . .
“A verdade é dura como o diamante, mas delicada como a flor de pessegueiro”.
Gandi
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Psicologia : Observe sua criança já!
Seu filho:
- Está com medos freqüentes;
- Aparenta tristeza;
- Tem ciúmes;
- Baixo rendimento escolar;
- Tem Insônia;
- Faz xixi na cama;
- Está tímido;
- É Obeso.
- Está agressivo;
- Tem Hiperatividade;
- Insiste em dormir com os pais;
- Tem dificuldades de interagir com outras crianças ou familiares;
- Dificuldades decorrentes a separação dos pais;
Um pouco mais sobre...
Psicologia Infantil
Estes são sinais que algo não está bem no desenvolvimento emocional ou social da criança e que devemos procurar um profissional que possa nos ajudar sem hesitar.
A Psicoterapia Infantil tem como foco principal a saúde mental da criança, juntamente com a família onde vive, e por isso o trabalho é estendido aos pais e familiares que podem ser ouvidos e orientados a como lidar com situação que surgem no dia-a-dia, e de certo sentidos passam a ser "terapeutas em casa", aprendendo formas alternativas de ajudar o filho.
Psicóloga e criança juntos, utilizando jogos e recursos expressivos, em um ambiente tranqüilo, sigiloso e seguro, descobrem o que está dificultando o seu desenvolvimento. A partir dessas descobertas, reconstroem juntas, outras maneiras dessa criança se posicionar no mundo. Fazendo sentir-se melhor, tornando-se mais feliz, caminhando para um futuro tranqüilo e equilibrado.
Na Psicoterapia Infantil, a criança encontra a oportunidade de expressar suas emoções, tanto as agradáveis como também as desagradáveis. Tem a oportunidade de conhecer e aumentar o seu potencial, pois recebe estímulos para utilizar e desenvolver a sua inteligência. Em suma, terá a oportunidade de aumentar o conhecimento a respeito de si mesmo, das pessoas próximas e objetos que fazem parte de seu mundo.
- Está com medos freqüentes;
- Aparenta tristeza;
- Tem ciúmes;
- Baixo rendimento escolar;
- Tem Insônia;
- Faz xixi na cama;
- Está tímido;
- É Obeso.
- Está agressivo;
- Tem Hiperatividade;
- Insiste em dormir com os pais;
- Tem dificuldades de interagir com outras crianças ou familiares;
- Dificuldades decorrentes a separação dos pais;
Um pouco mais sobre...
Psicologia Infantil
Estes são sinais que algo não está bem no desenvolvimento emocional ou social da criança e que devemos procurar um profissional que possa nos ajudar sem hesitar.
A Psicoterapia Infantil tem como foco principal a saúde mental da criança, juntamente com a família onde vive, e por isso o trabalho é estendido aos pais e familiares que podem ser ouvidos e orientados a como lidar com situação que surgem no dia-a-dia, e de certo sentidos passam a ser "terapeutas em casa", aprendendo formas alternativas de ajudar o filho.
Psicóloga e criança juntos, utilizando jogos e recursos expressivos, em um ambiente tranqüilo, sigiloso e seguro, descobrem o que está dificultando o seu desenvolvimento. A partir dessas descobertas, reconstroem juntas, outras maneiras dessa criança se posicionar no mundo. Fazendo sentir-se melhor, tornando-se mais feliz, caminhando para um futuro tranqüilo e equilibrado.
Na Psicoterapia Infantil, a criança encontra a oportunidade de expressar suas emoções, tanto as agradáveis como também as desagradáveis. Tem a oportunidade de conhecer e aumentar o seu potencial, pois recebe estímulos para utilizar e desenvolver a sua inteligência. Em suma, terá a oportunidade de aumentar o conhecimento a respeito de si mesmo, das pessoas próximas e objetos que fazem parte de seu mundo.
quarta-feira, 28 de março de 2012
DISTÚRBIOS DO SONO EM CRIANÇAS
Os pais de crianças obviamente acham os períodos de sono
do filho uma maravilha, particularmente quando ele evolui
para um padrão em que há uma longa noite sem acordar.
Porém, a irregularidade no padrão de sono da criança
pode ser sintoma de alguma desorganização ou problema.
Em cada idade o sono tem características diferentes. O recém-nascido, por exemplo, dorme de dezesseis a vinte horas por dia, enquanto o jovem adulto dorme oito e o idoso apenas seis ou sete horas.
O sono do bebê é mais longo e diferente do sono dos adultos. Os pais costumam notar que seus filhos são ativos e expressivos mesmo quando estão dormindo. Produzem uma variedade de expressões faciais, incluindo sorrisos, caretas e outras. Também fazem ruídos e movimentos. Isso ocorre pois, nos bebês, o processo de inibição das atividades motoras ainda não está amadurecido.
Para a maioria dos pais, um grande marco da infância é a primeira vez que o filho dorme durante uma noite inteira. Em geral, isso não acontece antes dos três meses de idade. Entre três meses e um ano, a criança estabiliza seus hábitos de sono, mas ainda não de forma contínua, pois a maioria costuma acordar pelo menos uma vez, exigindo a atenção dos pais.
Os distúrbios do sono estão às vezes relacionados com angústia de separação (a noite é o momento por excelência no qual, ao acordar, a criança tem consciência de estar sozinha) e/ou como resultado de uma mudança nas circunstâncias da família que submete a criança a uma tensão extra.
Muitas vezes, as crianças apresentam dificuldades para dormir porque tem medo de sonhos maus. Isso está em parte relacionado com a forma como elas se apegam a uma espécie de crença em mágica, realidade e fantasia não estão totalmente diferenciadas nas suas mentes. Muitos contos de fadas são a própria matéria dos pesadelos das crianças.
Algumas técnicas que ajudam a criança dormir:
Estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história, cantar uma canção de ninar etc...
Deixar acesa uma luz bem fraquinha. Não é raro a criança se sentir abandonada quando não consegue enxergar os objetos familiares no quarto escuro.
Dar para a criança o que os psicólogos chamam de "objeto de transição": um bicho de pelúcia, um travesseiro ou uma fralda. A função do objeto de transição é suavizar o momento de separação dos pais na hora de ir para a cama. Este objeto transmite uma sensação de calor, conforto e segurança.
Não dar achocolatados e refrigerantes antes da criança dormir.
Não ficar disponível demais para a criança durante a noite. Se ela fizer manha ou chorar, espere um pouco antes de entrar no quarto.
A falta de sono em crianças nem sempre causa sonolência durante o dia, podendo apresentar um conjunto de sintomas muito enganador: o de hiperatividade, dificuldade de relacionamento, irritabilidade e agressividade. Em geral, não conseguem se concentrar quando interagem com adultos e na escola.
Quando o distúrbio do sono passa a ser freqüente, prejudicar a dinâmica familiar e resultar nestes sintomas já citados acima, é importante que os pais primeiramente procurem um médico para descartar a possibilidade de qualquer doença orgânica. Sendo esta hipótese descartada, é indicado procurar ajuda de um psicólogo para poder ser trabalhado o fator emocional que está prejudicando o sono da criança
Fonte- Dra. Daniela Levy (CRP 06/58195-8)
Pós-Graduada (Latu Senso) em Psicologia Clínica Hospitalar pelo
Instituto do Coração - InCor do HC-FMUSP
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terça-feira, 27 de março de 2012
A Arca de Noé - Vinícius de Moraes
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
Vinícius de Moraes
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
Vinícius de Moraes
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Criança : A construção social do sujeito
Abordagem do sujeito e as modificações que ocorrem no processo envolvidos na relação do individuo com o mundo.
A Psicologia do Desenvolvimento
Desenvolvimento é o processo pelo qual o individuo constrói ativamente, nas relações que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.
A psicologia do desenvolvimento pretende estudar como nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas que distinguem o homem de outras espécies.
A Psicologia da Aprendizagem
A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.
APsicologia da aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança.
A Psicologia na Educação
A educação começa muito antes da vida escola, não estando a tarefa de ensinar apenas nas mão dos professores.
Daí a importância de se buscar maximizar esses resultados, colocando a serviço da educação e do ensino o conjunto dos conhecimentos psicológicos sobre as bases do desenvolvimento e da aprendizagem. Com eles, o professor estará em posição mais favorável para planejar a sua ação.
A criança enquanto ser em transformação
1. Concepções de desenvolvimento: correntes teóricas e repercussões na escola
1.1.- A Concepção Inatista
A concepção Inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento, parte da concepção de que o homem "já nasce pronto". E tal concepção gera preconceitos prejudiciais ao trabalho em sala de aula.
1.2.- A Concepção Ambientalista
Atribuição a um imenso poder ao ambiente no desenvolvimento humano.
A introdução de teorias ambientalistas na sala de aula teve o mérito de chamar a atenção dos educadores para a importância do planejamento de ensino.
Por outro lado, as teorias ambientalistas fez com que a educação fosse sendo entendida como tecnologia, ficando de lado a reflexão filosófica sobre a sua prática..
Não na concepção ambientalista, preocupação em explicar os processo através dos quais a criança raciocina e que estariam presentes na forma como ela se apropria de conhecimentos.
Resumo:Cláudia Davis e Zilma de Oliveira tratam neste livro dos principais temas da Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Aprendizagem, nas suas implicações com a educação e o ensino. Com linguagem precisa e rigorosa, discutem as teorias inatistas e ambientalistas, buscando auxiliar os estudantes a compreenderem por que razões optam pela concepção interacionista, tal como propõe Piaget e Vigotsky.
Cláudia Davis, Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
2 ed. - São Paulo - Cortez Editora - 1994 - 125 p.
A Psicologia do Desenvolvimento
Desenvolvimento é o processo pelo qual o individuo constrói ativamente, nas relações que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.
A psicologia do desenvolvimento pretende estudar como nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas que distinguem o homem de outras espécies.
A Psicologia da Aprendizagem
A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.
APsicologia da aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança.
A Psicologia na Educação
A educação começa muito antes da vida escola, não estando a tarefa de ensinar apenas nas mão dos professores.
Daí a importância de se buscar maximizar esses resultados, colocando a serviço da educação e do ensino o conjunto dos conhecimentos psicológicos sobre as bases do desenvolvimento e da aprendizagem. Com eles, o professor estará em posição mais favorável para planejar a sua ação.
A criança enquanto ser em transformação
1. Concepções de desenvolvimento: correntes teóricas e repercussões na escola
1.1.- A Concepção Inatista
A concepção Inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento, parte da concepção de que o homem "já nasce pronto". E tal concepção gera preconceitos prejudiciais ao trabalho em sala de aula.
1.2.- A Concepção Ambientalista
Atribuição a um imenso poder ao ambiente no desenvolvimento humano.
A introdução de teorias ambientalistas na sala de aula teve o mérito de chamar a atenção dos educadores para a importância do planejamento de ensino.
Por outro lado, as teorias ambientalistas fez com que a educação fosse sendo entendida como tecnologia, ficando de lado a reflexão filosófica sobre a sua prática..
Não na concepção ambientalista, preocupação em explicar os processo através dos quais a criança raciocina e que estariam presentes na forma como ela se apropria de conhecimentos.
Resumo:Cláudia Davis e Zilma de Oliveira tratam neste livro dos principais temas da Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Aprendizagem, nas suas implicações com a educação e o ensino. Com linguagem precisa e rigorosa, discutem as teorias inatistas e ambientalistas, buscando auxiliar os estudantes a compreenderem por que razões optam pela concepção interacionista, tal como propõe Piaget e Vigotsky.
Cláudia Davis, Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
2 ed. - São Paulo - Cortez Editora - 1994 - 125 p.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Adoção: Filhos do Coração
A adoção é algo muito importante na vida de uma família; por isso, precisa ser bem pensada e orientada, além de bem planejada para poder trazer muita alegria tanto para os futuros pais como também para os possíveis filhos biológicos.
No Brasil, cerca de oito mil crianças estão aptas para a adoção de acordo com o Ipea. Um cadastro irá reunir dados com perfis das crianças e os possíveis pais adotivos.
Primeiro passo
A vara da infância é o primeiro local onde as pessoas interessadas devem procurar para dar início ao processo de adoção. A adoção pode ser feitas por adultos com mais de vinte e um anos de idade, independente de seu estado civil, podendo ser solteiro, casado ou divorciado, mas quando é casado ou tem uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada pelo casal, os quais participarão juntos em todas as etapas do processo adotivo, sendo feita também uma avaliação de estabilidade da união.
Legislação
Com relação a quem pode ser adotado, são crianças e adolescentes com até dezoito anos e partir da data do pedido de adoção e órgãos de pais falecidos ou desconhecidos. É importante ressaltar que maiores de dezoito anos também podem ser adotados, mas isso irá depender da sentença do juiz.
Só podem ser colocados para a adoção crianças ou adolescentes que já tiveram todos os recursos possíveis esgotados no sentido de mantê-los no convívio da família de origem.
Com relação aos documentos necessários para a adoção estão: RG, comprovante de residência, CPF, cópia do comprovante de renda mensal, cópia autenticada da certidão de nascimento ou casamento, atestado de sanidade física e mental, atestado de idoneidade moral e atestado de antecedentes criminais.
Por não ser um processo padronizado no país, o sistema de adoção, em primeiro momento é feito pela Vara da Infância e da Juventude mais próxima de sua cidade e em seguida, os interessados passam por uma entrevista.
Após isso, é dada a guarda temporária da criança para os adotantes, sendo este período chamada de experiência e avaliação e se o adotante for aprovada, é iniciado o processo na Justiça e a sentença se encerra com a aprovação do juiz.
Uma duvida que assombra os pais de crianças adotadas é saber como e quando a melhor maneira de contar a verdade sobre a origem dos filhos. O medo da reação e da rejeição são os principais fatores que os pais temem.
Mas de acordo com especialistas dizer claramente se ela foi adotada ou não é uma atitude importante para preservar a saúde mental da criança e o relacionamento saudável.
Não minta para seu filho
Junto com a mentira podem existir tropeços, enganos e certo mal estar familiar. Você não precisa espalhar a quatro cantos que adotou uma criança, mas é muito importante que a família saiba. Isso ajuda a criança entender que ela não foi enganada, e que todos confirmam a mesma verdade. Conte a verdade sempre que puder, assim ficará registrado em sua memória.
Como e quando contar?
Não existe uma idade exata para contar, é preciso levar em consideração que cada criança é diferente da outra e possuem maturidade e personalidade variadas. Os pais podem perceber o melhor momento, e introduzir o assunto com as próprias perguntas da criança. Por exemplo: aproveite a clássica pergunta: como eu nasci? Ela vai ter como referência o que lhe foi explicado. Preste atenção aos fatos que está esclarecendo. A versão deve ser sempre a mesma, claro que com o passar do tempo algumas coisas vão sendo incluídas, mas sua história de vida é única.
Tudo deve ser explicado também de acordo com sua idade, para que ela realmente compreenda. Receber informações em quantidade e qualidade incompatível com sua idade pode causar traumas.
Na maioria dos casos, a criança adotada já se desenvolveu no útero de sua mãe biológica em condições impróprias e sendo rejeitada. Por isso todo carinho e paciência são fundamentais na hora de conversar, mostre-lhe claramente que você o desejou e esperou, independente de ser gerado dentro de você. A adoção é um ato sublime de amor. E o amor também é verdade.
Adotar uma criança é uma atitude que exige boa vontade e disposição, trazendo inúmeros benefícios para quem adota e é adotado.
Fonte-http://www.zun.com.b
No Brasil, cerca de oito mil crianças estão aptas para a adoção de acordo com o Ipea. Um cadastro irá reunir dados com perfis das crianças e os possíveis pais adotivos.
Primeiro passo
A vara da infância é o primeiro local onde as pessoas interessadas devem procurar para dar início ao processo de adoção. A adoção pode ser feitas por adultos com mais de vinte e um anos de idade, independente de seu estado civil, podendo ser solteiro, casado ou divorciado, mas quando é casado ou tem uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada pelo casal, os quais participarão juntos em todas as etapas do processo adotivo, sendo feita também uma avaliação de estabilidade da união.
Legislação
Com relação a quem pode ser adotado, são crianças e adolescentes com até dezoito anos e partir da data do pedido de adoção e órgãos de pais falecidos ou desconhecidos. É importante ressaltar que maiores de dezoito anos também podem ser adotados, mas isso irá depender da sentença do juiz.
Só podem ser colocados para a adoção crianças ou adolescentes que já tiveram todos os recursos possíveis esgotados no sentido de mantê-los no convívio da família de origem.
Com relação aos documentos necessários para a adoção estão: RG, comprovante de residência, CPF, cópia do comprovante de renda mensal, cópia autenticada da certidão de nascimento ou casamento, atestado de sanidade física e mental, atestado de idoneidade moral e atestado de antecedentes criminais.
Por não ser um processo padronizado no país, o sistema de adoção, em primeiro momento é feito pela Vara da Infância e da Juventude mais próxima de sua cidade e em seguida, os interessados passam por uma entrevista.
Após isso, é dada a guarda temporária da criança para os adotantes, sendo este período chamada de experiência e avaliação e se o adotante for aprovada, é iniciado o processo na Justiça e a sentença se encerra com a aprovação do juiz.
Uma duvida que assombra os pais de crianças adotadas é saber como e quando a melhor maneira de contar a verdade sobre a origem dos filhos. O medo da reação e da rejeição são os principais fatores que os pais temem.
Mas de acordo com especialistas dizer claramente se ela foi adotada ou não é uma atitude importante para preservar a saúde mental da criança e o relacionamento saudável.
Não minta para seu filho
Junto com a mentira podem existir tropeços, enganos e certo mal estar familiar. Você não precisa espalhar a quatro cantos que adotou uma criança, mas é muito importante que a família saiba. Isso ajuda a criança entender que ela não foi enganada, e que todos confirmam a mesma verdade. Conte a verdade sempre que puder, assim ficará registrado em sua memória.
Como e quando contar?
Não existe uma idade exata para contar, é preciso levar em consideração que cada criança é diferente da outra e possuem maturidade e personalidade variadas. Os pais podem perceber o melhor momento, e introduzir o assunto com as próprias perguntas da criança. Por exemplo: aproveite a clássica pergunta: como eu nasci? Ela vai ter como referência o que lhe foi explicado. Preste atenção aos fatos que está esclarecendo. A versão deve ser sempre a mesma, claro que com o passar do tempo algumas coisas vão sendo incluídas, mas sua história de vida é única.
Tudo deve ser explicado também de acordo com sua idade, para que ela realmente compreenda. Receber informações em quantidade e qualidade incompatível com sua idade pode causar traumas.
Na maioria dos casos, a criança adotada já se desenvolveu no útero de sua mãe biológica em condições impróprias e sendo rejeitada. Por isso todo carinho e paciência são fundamentais na hora de conversar, mostre-lhe claramente que você o desejou e esperou, independente de ser gerado dentro de você. A adoção é um ato sublime de amor. E o amor também é verdade.
Adotar uma criança é uma atitude que exige boa vontade e disposição, trazendo inúmeros benefícios para quem adota e é adotado.
Fonte-http://www.zun.com.b
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domingo, 25 de março de 2012
Antes que elas cresçam - Affonso Romano de Sant'Anna
Este post consegue decodificar todo sentimento que os pais sentem ao ver que seus filhos estão se tornando adultos. Leiam:
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.
Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?
Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.
Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.
Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.
Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.
O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.
Affonso Romano de Sant’Anna
* Este post é dedicado a você Rodrigo.Parabéns meu filho amado!!! 18 anos de alegria na sua companhia! Amor, sorte , felicidade, saúde e sucesso…
sexta-feira, 23 de março de 2012
Psicologia infantil
Todos nós , em algum momento na vida, podemos passar por crises, o que não significa que seja preciso consultar um psicólogo sistematicamente. Podemos contar muitas vezes apenas com o suporte de parentes e amigos para superar um momento difícil.
Mas quando o suporte de pessoas próxima não é suficiente ou a situação parece insolúvel, então o acompanhamento com o psicólogo pode ajudar a esclarecer as razões de nossas dificuldades e a modificar nossos comportamentos.
Algumas pessoas hesitam em consultar um psicólogo ou psiquiatra porque desejam resolver seus problemas sozinhas ou se sentem culpadas por estar em dificuldade. Outras, envergonham-se do que sentem e preocupam-se com o que os outros podem pensar se procurarem ajuda. O caminho percorrido até o psicologo pode ser cheio de ambivalências. E, no entanto, consultar um profissional da psicologia pode ser importante para seu bem estar.
Psicólogos e psiquiatras atendem freqüentemente pessoas que passam por um momento de crise no relacionamento conjugal ou familiar, apresentam problemas de desempenho ou vivenciam um luto; e ainda, pessoas que buscam encontrar seus próprios caminhos, ter maior autonomia na relação com os outros ou melhorar sua qualidade de vida.
O papel do psicólogo consiste em analisar a história de vida da pessoa, esclarecer uma situação, dar suporte e acompanhá-la a fim de auxiliar na superação de uma crise e proporcionar o desenvolvimento de potencialidades e crescimento pessoal de seu paciente.
>> Quando buscar ajuda de um psicólogo para meu filho ( psicologia infantil ) ?
Muitos adultos têm dúvidas sobre a necessidade de buscar psicoterapia para seu filho ( psicologia infantil ). Embora as crianças manifestem em geral comportamentos que indicam quando algo não está bem, a grande maioria dos pais reluta em procurar ajuda de um psicólogo infantil. Os pais tendem a pensar que a criança esta passando apenas por uma fase, que sera superada sozinha. Ou se sentirem culpados, receosos de que a terapia com o psicólogo para crianças possa apontar que eles têm alguma responsabilidade pelo sofrimento de seus filhos.
Realmente não é fácil julgar o momento apropriado para levar uma criança à psicoterapia. Muitos adolescentes iniciam um acompanhamento com psicólogo por vontade própria. E algumas crianças podem pedir ocasionalmente para ver alguém. No entanto, é a escola que costuma ser a primeira a notar mudanças de comportamento e solicitar um encaminhamento para psicologia infantil. Os primeiros sinais de problemas incluem a hiperatividade, a dificuldade de concentração, a agressividade, o comportamento inadequado, a dificuldade em brincar com outras crianças e ansiedade da separação e social. Estes comportamentos podem comprometer o desempenho escolar da criança e sua vida familiar.
Certamente, nem todos os conflitos da criança merecem acompanhamento da psicologia infanti , mas se seu filho parece precisar de ajuda, você deve consultar um profissional da psicologia. O psicólogo infantil poderá determinar se as dificuldades apresentadas por ele necessitam ou não de uma intervenção. Em alguns casos, o problema pode ser superado apenas com uma orientação aos pais e professores. Ou com uma breve psicoterapia.
Solicite ao pediatra ou à professora de seu filho a indicação de um psicólogo infantil.
>> Como é realizada a psicologia infantil ?
Durante a psicoterapia, o psicólogo utiliza recursos lúdicos para compreender os sentimentos, angústias e fantasias que a criança expressa através das brincadeiras.Antes do início da psicoterapia, o psicólogo realiza entrevistas iniciais com os pais para reunir informações sobre a história da criança e da família.Após esse contato inicial, o psicólogo tem maiores condições de avaliar o número de sessões semanais (que varia de uma a quatro) necessárias com a criança bem como a trama familiar que pode estar envolvida nos sintomas expressos por ela. Iniciado o trabalho com a criança, as sessões ocorrem nos dias e horários estipulados, com duração de cinqüenta minutos cada. Além disso, ao longo da terapia infantil, são realizados encontros periódicos com os pais.
>> Quais os principais motivos da procura pela terapia para criança ( psicologia infantil ) ?
São varios os motivos que levam os pais a buscarem atendimento psicológico para seus filhos. Dentre os sintomas e queixas mais comuns (expressas pelos pais) podemos listar:
- Dificuldades de aprendizagem
- Enurese ou ecoprese diurna ou noturna
- Pesadelos, dificuldades para dormir
- Distúrbios alimentares, dentre outros.
- Agressividade em casa e na escola
- Hiperatividade, atrasos no desenvolvimento motor (atrasos para falar, andar, etc.)
>> Quais os beneficios trazidos pela psicologia infantil?
Por se sentir acolhida e compreendida no contexto terapêutico, a criança passa a comunicar através do lúdico suas dificuldades emocionais, apresentando melhora significativa em casa e na escola.
Além disso, caso a criança permaneça no atendimento com o psicólogo o tempo necessário, terá maiores chances de se tornar um adolescente e, posteriormente, um adulto mais consciente de si e de seus próprios sentimentos e emoções.
>> Como ajudar uma pessoa que conheço?
Os psicólogos costumam ser consultados por pessoas que estão em contato com alguém em dificuldade. O sofrimento psíquico sempre repercute em parentes e amigos próximos. Mas como posso ajudar uma pessoa que passa por problemas?
Você pode, antes de mais nada, demonstrar sua preocupação e perguntar se existe algo que possa fazer para ajudar. O mais importante é ajudar no que for possível, dar suporte afetivo e não deixar seu parente ou amigo se sentir sozinho.
O acompanhamento psicológico pode, eventualmente, esclarecer algumas situações difíceis, levantar possibilidades de encaminhamento para a pessoa e ajudar você a enfrentar este momento.
Psicologa Nelly Silva Amaral - CRP:34650 5a regiao
Licenciatura em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da UniVali em Itajai,SC. Experiência profissional com problemáticas diversas, no setor público e em consultório.
Marque sua consulta:
Tel: (021) 2284-1721 / 3547-8621 / cel: 7993-9927
e-mail: nellysamaral@yahoo.com.br
terça-feira, 20 de março de 2012
SER UMA CRIANÇA CIDADÃ!
Sabem, costumo pensar e conversar bastante com as pessoas sobre cidadania, sobre a importância de uma postura cidadã.
De que o que realmente precisamos no trânsito, por exemplo, para modificar a realidade caótica de guerra que temos no Brasil, é de cidadãos, além, e na minha opinião muito mais, que estradas e belos projetos.
Mas é claro, precisar de cidadãos no trânsito, significa que precisamos de muito mais pessoas que assumam postura de cidadãos no mundo, na vida de uma forma geral. Porque ser cidadão não é uma roupa que colocamos e tiramos em determinadas situações. É estar de fato, comprometido com seus direitos e deveres, ser consciente e de verdade acreditar, que assumir esse comportamento muda a sua vida e de outras pessoas.
Que ser cidadão é amar e respeitar sua própria vida, porque só assim é possível respeitar a vida de outrem.
Quem pode respeitar a vida do outro, cuidar para não lesar as outras pessoas, se não respeita a sua própria vida? Se não tem cuidado com ela?
Ter uma postura cidadã, para além de lhe garantir uma vida mais digna, traz a possibilidade de alargar horizontes, e o que é de suma importância – fazer um mundo melhor!!
Como?? Fazer um mundo melhor?
Sim!! Fazer o seu mundo melhor, e assim melhorar o mundo dos seus filhos, porque eles vão copiar seus comportamentos, vão aprender a se comportar a partir do que vêem em você!
Filhos não aprendem com o que os pais falam, filhos aprendem com o que os pais fazem!
Quer filhos cidadãos? Seja, antes de tudo.
Lhes ensine honestidade, não passando ninguém para trás, não mostrando que o bom mesmo é tirar vantagem das pessoas, que isso é que é ser esperto!
Lhes ensine respeito, respeitando o seu jeito de ser, ouvindo o que ele tem pra falar, percebendo que seu filho é uma pessoa diferente de você, e que merece ter seu ponto de vista ouvido!
Seu filho não será gentil seu você não for gentil, se a gentileza não for um valor dentro da sua casa.
Não adianta dizer para o filho que é feio mentir, se você mente pra ele, e ainda o induz a contar uma mentirinha boba.
Não adianta xingar as pessoas no trânsito e depois exigir que seu filho não xingue o amiguinho.
Se quiser uma criança socialmente boa, que respeita os outros, terá que assumir este compromisso na sua vida primeiro.
E esses são somente exemplos.
Faça uma reflexão, pense na importância que ter uma postura cidadã com a vida, pode tornar o mundo de seu filho muito melhor.
Pense na bela oportunidade que os filhos nos dão – por amor, à nós mesmos e á eles... podemos tornar a NOSSA vida muito melhor.
Talvez essa seja a forma mais efetiva de mudar o mundo!
Simone Ávila
Psicóloga Clínica Especialista em Psicologia da Comunicação Membro associado da ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil
De que o que realmente precisamos no trânsito, por exemplo, para modificar a realidade caótica de guerra que temos no Brasil, é de cidadãos, além, e na minha opinião muito mais, que estradas e belos projetos.
Mas é claro, precisar de cidadãos no trânsito, significa que precisamos de muito mais pessoas que assumam postura de cidadãos no mundo, na vida de uma forma geral. Porque ser cidadão não é uma roupa que colocamos e tiramos em determinadas situações. É estar de fato, comprometido com seus direitos e deveres, ser consciente e de verdade acreditar, que assumir esse comportamento muda a sua vida e de outras pessoas.
Que ser cidadão é amar e respeitar sua própria vida, porque só assim é possível respeitar a vida de outrem.
Quem pode respeitar a vida do outro, cuidar para não lesar as outras pessoas, se não respeita a sua própria vida? Se não tem cuidado com ela?
Ter uma postura cidadã, para além de lhe garantir uma vida mais digna, traz a possibilidade de alargar horizontes, e o que é de suma importância – fazer um mundo melhor!!
Como?? Fazer um mundo melhor?
Sim!! Fazer o seu mundo melhor, e assim melhorar o mundo dos seus filhos, porque eles vão copiar seus comportamentos, vão aprender a se comportar a partir do que vêem em você!
Filhos não aprendem com o que os pais falam, filhos aprendem com o que os pais fazem!
Quer filhos cidadãos? Seja, antes de tudo.
Lhes ensine honestidade, não passando ninguém para trás, não mostrando que o bom mesmo é tirar vantagem das pessoas, que isso é que é ser esperto!
Lhes ensine respeito, respeitando o seu jeito de ser, ouvindo o que ele tem pra falar, percebendo que seu filho é uma pessoa diferente de você, e que merece ter seu ponto de vista ouvido!
Seu filho não será gentil seu você não for gentil, se a gentileza não for um valor dentro da sua casa.
Não adianta dizer para o filho que é feio mentir, se você mente pra ele, e ainda o induz a contar uma mentirinha boba.
Não adianta xingar as pessoas no trânsito e depois exigir que seu filho não xingue o amiguinho.
Se quiser uma criança socialmente boa, que respeita os outros, terá que assumir este compromisso na sua vida primeiro.
E esses são somente exemplos.
Faça uma reflexão, pense na importância que ter uma postura cidadã com a vida, pode tornar o mundo de seu filho muito melhor.
Pense na bela oportunidade que os filhos nos dão – por amor, à nós mesmos e á eles... podemos tornar a NOSSA vida muito melhor.
Talvez essa seja a forma mais efetiva de mudar o mundo!
Simone Ávila
Psicóloga Clínica Especialista em Psicologia da Comunicação Membro associado da ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil
quarta-feira, 14 de março de 2012
O Desenvolvimento da Fala e da Linguagem da Criança.
"Seu filho de 2 anos ainda não fala, só diz algumas palavras. Em comparação com seus amiguinhos, você acha que ele está atrasado. Esperando que ele se desenvolva, você adia a procura de um profissional especializado". Esta cena é comum entre os pais de crianças que demoram para começar a falar. A menos que sejam observadas dificuldades em outras áreas do desenvolvimento, os pais às vezes hesitam para buscar ajuda.
Não Espere para Avaliar
Crianças com a idade de 12 a 18 meses devem ser vistas por profissionais quando seus pais suspeitam de atraso nas habilidades de comunicação. Os pais devem também procurar ajuda se seu filho de qualquer idade não responde a sons. Uma avaliação precoce é importante, para evitar futuros problemas de linguagem.
Há uma diferença entre fala e linguagem. A fala se refere basicamente à forma de articular sons nas palavras. A linguagem significa expressar e receber informações de modo significativo. É compreender e ser compreendido através da comunicação. Uma criança com problemas de linguagem pode estar apto a pronunciar bem as palavras, mas, ser incapaz de colocar mais de duas palavras juntas. Inversamente, a fala de uma outra criança pode ser difícil de ser compreendida, mas ela usa palavras e frases para expressar suas idéias. Problemas com fala e linguagem diferem, mas freqüentemente coincidem.
Fala e Linguagem da criança de zero a doze meses (0 a 12 meses)
A criança de zero a seis meses de idade...
•Reage aos estímulos ambientais de forma reflexa
•Reage aos estímulos ambientais alterando o comportamento de forma significativa (sorriso e choro)
•Ri e murmura para pessoas conhecidas
•Reage às vozes altas, ou não amigáveis
•Volta-se e olha na direção dos novos sons
•Balbucia pedindo atenção
•Faz vocalizações generalizadas
•Observa sua mão
•Reage ao seu nome
Com oito meses, a criança...
•Acaricia sua própria imagem refletida no espelho
•Produz quatro ou mais sons diferentes
•Usa freqüentemente as sílabas ba, da, ka
•Transfere objetos de uma mão para outra
•Vocaliza com variação de entonação frente aos diferentes estímulos
•Tenta imitar sons
Com dez meses, a criança...
•Pode já dizer "mama" e "papa"
•Grita para chamar atenção
•Vocaliza enquanto manipula objetos
•Usa um jargão (balbucio que parece linguagem verdadeira)
•Brinca de "esconde-esconde"
•Fala uma sílaba ou uma seqüência de sons repetidamente
•Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho.
•Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de zero a 12 meses
•Reagindo aos sons que ela faz
•Falando com ela enquanto você estiver cuidando dela
•Lendo livros coloridos todos os dias
•Mantendo sua linguagem simples e concreta
•Recitando versinhos e cantando
•Mostrando interesse em todos os sons diferentes que ela ouve ( o gelo num copo, a campainha tocando, a chuva caindo)
•Ensinando os nomes das coisas do dia a dia e das pessoas familiares
•Levando a criança em diferentes lugares
•Brincando de jogos simples como "esconde-esconde"
•Tocando música para ela
Fala e Linguagem da criança de 12 a 18 meses
A criança de 12 a 18 meses:
•Reconhece seu nome.
•Entende "não".
•Compreende ordens simples.
•Imita palavras familiares.
•Acena com a mão (adeus)
•Fala 2 ou 3 palavras além de "mamãe" e "papai"
•Emite "sons" de coisas e animais familiares.
•Dá um brinquedo quando lhe pedem.
•Dá muitas gargalhadas.
•Ouve bem e discrimina vários sons.
•Reconhece a palavra como símbolo de um objeto: carro – aponta a garagem; gato - miau
•Mostra muito afeto, fazendo barulhos e batendo palmas com o carinho de seus pais.
•Entende verbos que representem ações concretas e relativos a suas próprias necessidades (mais, quer, acabou, dá)
•Identifica 4 objetos familiares sob nomeação
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 12 a 18 meses:
•Lendo livros bem ilustrados e coloridos
•Incentivando-a brincar de jogos de imitação.
•Usando frases curtas
•Reforçando as palavras novas ditas por ela
•Fazendo atividades próprias para sua idade
•Conversando sobre o que vocês estão fazendo quando estiverem juntos
Fala e Linguagem da criança dos 18 aos 24 meses
A criança de 18 a 24 meses
•Usa 10 a 20 palavras, incluindo nomes
•Escuta bem e discrimina vários sons
•Reconhece retratos de familiares e figuras de objetos conhecidos
•Combina duas palavras para demonstrar seus desejos, tal como "mais"
•Imita palavras e sons com maior precisão
•Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para expressar seus desejos
•Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitado
•Obedece ordens simples
•Imita trabalhos domésticos: esfregar um pano, colocar a mesa
•Nomeia 4 objetos rotineiros
•Pode cantarolar
•Identifica 3 partes do corpo, em si e no outro sob nomeação
•Realiza até 2 ordens simples
•Usa o próprio nome
•Responde sim e não
•Começa a fazer frases simples
Como você pode estimular a linguagem da criança de 18 a 24 meses:
•Contando histórias de livros
•Falando de modo, simples e claro
•Proporcionando experiências para estimular a fala e o desenvolvimento da linguagem: passeios, ida ao "shopping", ao play ou jardim de sua casa, pic nic, tarefas domésticas em conjunto
•Conversando sobre os lugares novos antes de ir, enquanto vocês estiverem lá, e quando chegarem em casa
•Olhando-a nos olhos quando estiver falando com ela
•Imitando e identificando sons , tais como cachorro latindo, pássaros cantando, sirenes, portas rangendo, barulho de água
•Descrevendo o que a criança está fazendo, sentindo e ouvindo
•Fazendo com que estas experiências de falar e escutar sejam agradáveis, importantes e divertidas para a criança
•Elogiando a comunicação da criança
Fala e linguagem da criança de 2 anos
A criança de 2 anos:
•Usa o próprio nome
•Relaciona o que fala com situações concretas
•Nomeia mais ou menos 3 partes do corpo ou de uma boneca ou pessoa
•Fala sozinho enquanto brinca
•Combina 2 palavras para exprimir posse
•Mostra com os dedos a idade
•Identifica no mínimo 3 objetos pelo uso
•Reconhece: "grande", "pequeno", "em cima de", "embaixo de", e "dentro", sob nomeação
•Aponta gravura de objeto comum
•Compreende o "onde" respondendo adequadamente
•Combina verbo ou substantivo com "este" e "aqui", falando 2 palavras
•Combina "é" em frases de 2 elementos
•Usa artigo na fala
•Aplica regra regular de gênero
•Possui vocabulário de 50 a 100 palavras
•Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor
Como você pode estimular a linguagem da criança de 2 anos:
•Deixando-a ouvir CD ou fitas infantis
•Elogiando sua comunicação
•Descrevendo as atividades que estão fazendo, acrescentando novas palavras
•Utilizando palavras novas em várias situações (ampliação de vocabulário)
•Proporcionando novas experiências: teatrinho, cinema, circo... e comentando sobre elas
•Lendo historinhas
Fala e linguagem da criança de 3 anos
A criança de 3 anos:
•Aponta 3 cores primárias quando nomeadas
•Começa a compreender frases relativas à direções, como: "coloque o cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: "ao lado"
•Executa uma série de 3 ordens relacionadas
•Conhece seu sobrenome e o seu sexo
•Pode falar sobre uma historinha ou relacionar uma idéia ou objeto
•Usa orações empregando 4 a 5 palavras
•Tem um vocabulário de quase 1000 palavras
•Repete sons, palavras, frases e orações
•Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras
•Pode desenhar um círculo e uma linha vertical
•Pode cantar músicas
•É capaz de permanecer em uma atividade por 8 minutos
•Com freqüência faz perguntas sobre um assunto: "Quê?"
•Usa formas possessivas, como: "meu", "minha", "teu", "seu", "de" junto ao nome (ex.: de minha mamãe)
•Usa formas verbais simples e complexas, tais como: "estou jogando", "vou jogar".
•Usa termos de negação tais como: "nada", "nunca", "ninguém", "nem"
•Começa a usar orações compostas, unidas por: "e", "que", "onde", "como"
•Expressa verbalmente fadiga (diz que está cansado)
•Combina substantivo mais adjetivo
•Usa: "eu", "mim", ao invés do próprio nome
•Memoriza pequenos versos e músicas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 3 anos:
•Introduzindo palavras novas no seu vocabulário, enquanto brinca com ela
•Ensinando-lhe relações entre palavras, objetos e idéias
•Ensinando à criança contar histórias, utilizando livros e desenhos
•Permitindo que jogue com outras crianças
•Lendo para ela histórias
•Prestando muita atenção quando ela fala, lembrando que se ela repetir palavras e sons é normal
•Fazendo jogos com rimas
Fala e linguagem da criança de 4 anos
A criança de 4 anos:
•Nomeia: pequeno, grande, embaixo, em cima, dentro, fora, pesado, leve, igual, diferente, cores primárias e 3 formas geométricas
•Descreve eventos e personagens de histórias conhecidas e relata 2 fatos em ordem de ocorrência
•Segue instruções ainda que não esteja em frente ao objeto
•Pode falar algo imaginário como "suponho que", " eu desejo"
•Faz perguntas usando: "Quem?", "Por que?", "Como?" e "Quando?"
•Utiliza orações complexas
•Utiliza tempo passado e plural
•Copia uma linha e um círculo
•Tem um vocabulário de quase 1500 palavras
•Mantém-se numa atividade por 11 ou 12 minutos.
•Repete 3 dígitos e sentenças de 5 a 6 palavras
•Executa uma série de 2 ordens simples não relacionadas
•Nomeia seus próprios desenhos
•Segue regras de convívio social
•Reconhece partes do corpo: cabeça, braços, pernas, pés, mãos, cabelo, bumbum, nariz, orelha e boca
•Mantém atenção quando uma historinha é lida para ela
•Diz seu nome completo
•Responde perguntas de ordem temporal, referente a fatos concretos (dia – noite)
•Identifica objetos pelo uso
•Tem fala inteligível
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 4 anos:
•Ajudando-a a classificar objetos e coisas, explicando qual a razão de pertencerem a uma determinada categoria
•Conversando com ela sobre coisas que ela possa realizar
•Ensinando-a usar o telefone corretamente
•Permitindo que ajude a planejar atividades tais como Natal, aniversário...
•Dando à criança mais responsabilidade na vida diária
•Lendo histórias cada vez maiores
•Permitindo que crie e conte histórias
•Mostrando constantemente seu interesse no desenvolvimento de sua linguagem e pensamento
Fala e linguagem da criança de 5 anos
A criança de 5 anos:
•Define os objetos pelo seu uso e pode dizer de que são feitos os objetos
•Conhece relações espaciais como "acima", "abaixo", "atrás", "perto" e "longe"
•Sabe seu endereço
•Constrói orações utilizando de 5 a 6 palavras
•Identifica dinheiro
•Possui um vocabulário de aproximadamente 2000 palavras
•Usa corretamente os sons da língua
•Conhece antônimos de palavras conhecidas
•Entende o significado das palavras igual e "diferente"
•Usa o condicional
•Conta dez objetos
•Acompanha a seqüência de uma estória
•Utiliza o tempo presente, passado e futuro dos verbos
•É capaz de permanecer em uma atividade durante mais de 15 minutos
•Pede informações
•Pede ajuda quando encontra dificuldade
•Usa todo tipo de orações, algumas das quais podem ser complexas, por exemplo: "antes de entrar em casa eu preciso tirar meus sapatos molhados"
•Usa corretamente os pronomes
•É capaz de fazer rimas
•Repete 4 dígitos
•Responde a pergunta "por quê" , dando uma explicação
•Nomeia cores além das primárias
•Reconhece uma gravura que não pertence a uma classe específica, por exemplo: o que não pertence a classe dos animais
•É capaz de apontar absurdos em uma figura
•Executa uma série de 3 ordens não relacionadas
•Articula corretamente todos os fonemas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 5 anos:
•Incentivando-a a usar sua linguagem para expressar seus sentimentos, idéias, sonhos, desejos, e medos
•Permitindo que ela crie desenhos novos livremente com lápis, lápis cera, pilot e papel
•Proporcionando oportunidades de aprender canções, rimas ou versos de memória
•Lendo contos, histórias compridas
•Falando com a criança sobre temas variados sem utilizar termos e expressões infantis
•Escutando e prestando atenção quando ela fala, levando em conta que a criança entende mais do que é capaz de verbalizar
Fala e linguagem da criança de 6 anos
A criança de 6 anos:
•Usa a gramática adequadamente
•Compreende o significado das frases
•Nomeia os dias da semana em ordem e conta até 30
•Conta uma história de 4 a 5 fatos e começa a ter noção de causa/efeito
•Sabe o dia e mês de seu aniversário, seu sobrenome, endereço e telefone
•Distingue direita e esquerda
•Conhece a maioria das palavras opostas e o significado de: "através", "até", "em direção a", "longe", "desde".
•Sabe o significado e usa corretamente as palavras: "hoje", "ontem" e "amanhã".
•Formula perguntas utilizando: "Como?", "Que?", "Por que?".
•Pergunta o significado de palavras novas ou pouco familiares
•Relata experiências diárias
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 6 anos:
•Reservando um tempo de seu dia para conversar com ela
•Lendo histórias para ela e pedindo que ela reconte
•Ajudando-a a escrever seu próprio livro de histórias com desenhos e ilustrações
•Pedindo que represente diferentes personagens de histórias
•Propondo jogos que envolvam raciocínio
•Dando tarefas em que seja necessário seguir algumas instruções
•Deixando-a cozinhar, utilizando livros de receitas infantis, com passos e instruções simples
•Assistindo com ela programas de televisão e vídeos, pedindo que conte sobre o que viu e o que mais gostou
•Permitindo que participe de discussões familiares em que possa dar sua opinião
•Ajudando-a a conhecer e utilizar novas palavras e conceitos
"SE VOCÊ ACHA QUE SEU FILHO NÃO ESTÁ ACOMPANHANDO ESTA ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM, PROCURE UM FONOAUDIÓLOGO"
Não Espere para Avaliar
Crianças com a idade de 12 a 18 meses devem ser vistas por profissionais quando seus pais suspeitam de atraso nas habilidades de comunicação. Os pais devem também procurar ajuda se seu filho de qualquer idade não responde a sons. Uma avaliação precoce é importante, para evitar futuros problemas de linguagem.
Há uma diferença entre fala e linguagem. A fala se refere basicamente à forma de articular sons nas palavras. A linguagem significa expressar e receber informações de modo significativo. É compreender e ser compreendido através da comunicação. Uma criança com problemas de linguagem pode estar apto a pronunciar bem as palavras, mas, ser incapaz de colocar mais de duas palavras juntas. Inversamente, a fala de uma outra criança pode ser difícil de ser compreendida, mas ela usa palavras e frases para expressar suas idéias. Problemas com fala e linguagem diferem, mas freqüentemente coincidem.
Fala e Linguagem da criança de zero a doze meses (0 a 12 meses)
A criança de zero a seis meses de idade...
•Reage aos estímulos ambientais de forma reflexa
•Reage aos estímulos ambientais alterando o comportamento de forma significativa (sorriso e choro)
•Ri e murmura para pessoas conhecidas
•Reage às vozes altas, ou não amigáveis
•Volta-se e olha na direção dos novos sons
•Balbucia pedindo atenção
•Faz vocalizações generalizadas
•Observa sua mão
•Reage ao seu nome
Com oito meses, a criança...
•Acaricia sua própria imagem refletida no espelho
•Produz quatro ou mais sons diferentes
•Usa freqüentemente as sílabas ba, da, ka
•Transfere objetos de uma mão para outra
•Vocaliza com variação de entonação frente aos diferentes estímulos
•Tenta imitar sons
Com dez meses, a criança...
•Pode já dizer "mama" e "papa"
•Grita para chamar atenção
•Vocaliza enquanto manipula objetos
•Usa um jargão (balbucio que parece linguagem verdadeira)
•Brinca de "esconde-esconde"
•Fala uma sílaba ou uma seqüência de sons repetidamente
•Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho.
•Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de zero a 12 meses
•Reagindo aos sons que ela faz
•Falando com ela enquanto você estiver cuidando dela
•Lendo livros coloridos todos os dias
•Mantendo sua linguagem simples e concreta
•Recitando versinhos e cantando
•Mostrando interesse em todos os sons diferentes que ela ouve ( o gelo num copo, a campainha tocando, a chuva caindo)
•Ensinando os nomes das coisas do dia a dia e das pessoas familiares
•Levando a criança em diferentes lugares
•Brincando de jogos simples como "esconde-esconde"
•Tocando música para ela
Fala e Linguagem da criança de 12 a 18 meses
A criança de 12 a 18 meses:
•Reconhece seu nome.
•Entende "não".
•Compreende ordens simples.
•Imita palavras familiares.
•Acena com a mão (adeus)
•Fala 2 ou 3 palavras além de "mamãe" e "papai"
•Emite "sons" de coisas e animais familiares.
•Dá um brinquedo quando lhe pedem.
•Dá muitas gargalhadas.
•Ouve bem e discrimina vários sons.
•Reconhece a palavra como símbolo de um objeto: carro – aponta a garagem; gato - miau
•Mostra muito afeto, fazendo barulhos e batendo palmas com o carinho de seus pais.
•Entende verbos que representem ações concretas e relativos a suas próprias necessidades (mais, quer, acabou, dá)
•Identifica 4 objetos familiares sob nomeação
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 12 a 18 meses:
•Lendo livros bem ilustrados e coloridos
•Incentivando-a brincar de jogos de imitação.
•Usando frases curtas
•Reforçando as palavras novas ditas por ela
•Fazendo atividades próprias para sua idade
•Conversando sobre o que vocês estão fazendo quando estiverem juntos
Fala e Linguagem da criança dos 18 aos 24 meses
A criança de 18 a 24 meses
•Usa 10 a 20 palavras, incluindo nomes
•Escuta bem e discrimina vários sons
•Reconhece retratos de familiares e figuras de objetos conhecidos
•Combina duas palavras para demonstrar seus desejos, tal como "mais"
•Imita palavras e sons com maior precisão
•Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para expressar seus desejos
•Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitado
•Obedece ordens simples
•Imita trabalhos domésticos: esfregar um pano, colocar a mesa
•Nomeia 4 objetos rotineiros
•Pode cantarolar
•Identifica 3 partes do corpo, em si e no outro sob nomeação
•Realiza até 2 ordens simples
•Usa o próprio nome
•Responde sim e não
•Começa a fazer frases simples
Como você pode estimular a linguagem da criança de 18 a 24 meses:
•Contando histórias de livros
•Falando de modo, simples e claro
•Proporcionando experiências para estimular a fala e o desenvolvimento da linguagem: passeios, ida ao "shopping", ao play ou jardim de sua casa, pic nic, tarefas domésticas em conjunto
•Conversando sobre os lugares novos antes de ir, enquanto vocês estiverem lá, e quando chegarem em casa
•Olhando-a nos olhos quando estiver falando com ela
•Imitando e identificando sons , tais como cachorro latindo, pássaros cantando, sirenes, portas rangendo, barulho de água
•Descrevendo o que a criança está fazendo, sentindo e ouvindo
•Fazendo com que estas experiências de falar e escutar sejam agradáveis, importantes e divertidas para a criança
•Elogiando a comunicação da criança
Fala e linguagem da criança de 2 anos
A criança de 2 anos:
•Usa o próprio nome
•Relaciona o que fala com situações concretas
•Nomeia mais ou menos 3 partes do corpo ou de uma boneca ou pessoa
•Fala sozinho enquanto brinca
•Combina 2 palavras para exprimir posse
•Mostra com os dedos a idade
•Identifica no mínimo 3 objetos pelo uso
•Reconhece: "grande", "pequeno", "em cima de", "embaixo de", e "dentro", sob nomeação
•Aponta gravura de objeto comum
•Compreende o "onde" respondendo adequadamente
•Combina verbo ou substantivo com "este" e "aqui", falando 2 palavras
•Combina "é" em frases de 2 elementos
•Usa artigo na fala
•Aplica regra regular de gênero
•Possui vocabulário de 50 a 100 palavras
•Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor
Como você pode estimular a linguagem da criança de 2 anos:
•Deixando-a ouvir CD ou fitas infantis
•Elogiando sua comunicação
•Descrevendo as atividades que estão fazendo, acrescentando novas palavras
•Utilizando palavras novas em várias situações (ampliação de vocabulário)
•Proporcionando novas experiências: teatrinho, cinema, circo... e comentando sobre elas
•Lendo historinhas
Fala e linguagem da criança de 3 anos
A criança de 3 anos:
•Aponta 3 cores primárias quando nomeadas
•Começa a compreender frases relativas à direções, como: "coloque o cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: "ao lado"
•Executa uma série de 3 ordens relacionadas
•Conhece seu sobrenome e o seu sexo
•Pode falar sobre uma historinha ou relacionar uma idéia ou objeto
•Usa orações empregando 4 a 5 palavras
•Tem um vocabulário de quase 1000 palavras
•Repete sons, palavras, frases e orações
•Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras
•Pode desenhar um círculo e uma linha vertical
•Pode cantar músicas
•É capaz de permanecer em uma atividade por 8 minutos
•Com freqüência faz perguntas sobre um assunto: "Quê?"
•Usa formas possessivas, como: "meu", "minha", "teu", "seu", "de" junto ao nome (ex.: de minha mamãe)
•Usa formas verbais simples e complexas, tais como: "estou jogando", "vou jogar".
•Usa termos de negação tais como: "nada", "nunca", "ninguém", "nem"
•Começa a usar orações compostas, unidas por: "e", "que", "onde", "como"
•Expressa verbalmente fadiga (diz que está cansado)
•Combina substantivo mais adjetivo
•Usa: "eu", "mim", ao invés do próprio nome
•Memoriza pequenos versos e músicas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 3 anos:
•Introduzindo palavras novas no seu vocabulário, enquanto brinca com ela
•Ensinando-lhe relações entre palavras, objetos e idéias
•Ensinando à criança contar histórias, utilizando livros e desenhos
•Permitindo que jogue com outras crianças
•Lendo para ela histórias
•Prestando muita atenção quando ela fala, lembrando que se ela repetir palavras e sons é normal
•Fazendo jogos com rimas
Fala e linguagem da criança de 4 anos
A criança de 4 anos:
•Nomeia: pequeno, grande, embaixo, em cima, dentro, fora, pesado, leve, igual, diferente, cores primárias e 3 formas geométricas
•Descreve eventos e personagens de histórias conhecidas e relata 2 fatos em ordem de ocorrência
•Segue instruções ainda que não esteja em frente ao objeto
•Pode falar algo imaginário como "suponho que", " eu desejo"
•Faz perguntas usando: "Quem?", "Por que?", "Como?" e "Quando?"
•Utiliza orações complexas
•Utiliza tempo passado e plural
•Copia uma linha e um círculo
•Tem um vocabulário de quase 1500 palavras
•Mantém-se numa atividade por 11 ou 12 minutos.
•Repete 3 dígitos e sentenças de 5 a 6 palavras
•Executa uma série de 2 ordens simples não relacionadas
•Nomeia seus próprios desenhos
•Segue regras de convívio social
•Reconhece partes do corpo: cabeça, braços, pernas, pés, mãos, cabelo, bumbum, nariz, orelha e boca
•Mantém atenção quando uma historinha é lida para ela
•Diz seu nome completo
•Responde perguntas de ordem temporal, referente a fatos concretos (dia – noite)
•Identifica objetos pelo uso
•Tem fala inteligível
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 4 anos:
•Ajudando-a a classificar objetos e coisas, explicando qual a razão de pertencerem a uma determinada categoria
•Conversando com ela sobre coisas que ela possa realizar
•Ensinando-a usar o telefone corretamente
•Permitindo que ajude a planejar atividades tais como Natal, aniversário...
•Dando à criança mais responsabilidade na vida diária
•Lendo histórias cada vez maiores
•Permitindo que crie e conte histórias
•Mostrando constantemente seu interesse no desenvolvimento de sua linguagem e pensamento
Fala e linguagem da criança de 5 anos
A criança de 5 anos:
•Define os objetos pelo seu uso e pode dizer de que são feitos os objetos
•Conhece relações espaciais como "acima", "abaixo", "atrás", "perto" e "longe"
•Sabe seu endereço
•Constrói orações utilizando de 5 a 6 palavras
•Identifica dinheiro
•Possui um vocabulário de aproximadamente 2000 palavras
•Usa corretamente os sons da língua
•Conhece antônimos de palavras conhecidas
•Entende o significado das palavras igual e "diferente"
•Usa o condicional
•Conta dez objetos
•Acompanha a seqüência de uma estória
•Utiliza o tempo presente, passado e futuro dos verbos
•É capaz de permanecer em uma atividade durante mais de 15 minutos
•Pede informações
•Pede ajuda quando encontra dificuldade
•Usa todo tipo de orações, algumas das quais podem ser complexas, por exemplo: "antes de entrar em casa eu preciso tirar meus sapatos molhados"
•Usa corretamente os pronomes
•É capaz de fazer rimas
•Repete 4 dígitos
•Responde a pergunta "por quê" , dando uma explicação
•Nomeia cores além das primárias
•Reconhece uma gravura que não pertence a uma classe específica, por exemplo: o que não pertence a classe dos animais
•É capaz de apontar absurdos em uma figura
•Executa uma série de 3 ordens não relacionadas
•Articula corretamente todos os fonemas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 5 anos:
•Incentivando-a a usar sua linguagem para expressar seus sentimentos, idéias, sonhos, desejos, e medos
•Permitindo que ela crie desenhos novos livremente com lápis, lápis cera, pilot e papel
•Proporcionando oportunidades de aprender canções, rimas ou versos de memória
•Lendo contos, histórias compridas
•Falando com a criança sobre temas variados sem utilizar termos e expressões infantis
•Escutando e prestando atenção quando ela fala, levando em conta que a criança entende mais do que é capaz de verbalizar
Fala e linguagem da criança de 6 anos
A criança de 6 anos:
•Usa a gramática adequadamente
•Compreende o significado das frases
•Nomeia os dias da semana em ordem e conta até 30
•Conta uma história de 4 a 5 fatos e começa a ter noção de causa/efeito
•Sabe o dia e mês de seu aniversário, seu sobrenome, endereço e telefone
•Distingue direita e esquerda
•Conhece a maioria das palavras opostas e o significado de: "através", "até", "em direção a", "longe", "desde".
•Sabe o significado e usa corretamente as palavras: "hoje", "ontem" e "amanhã".
•Formula perguntas utilizando: "Como?", "Que?", "Por que?".
•Pergunta o significado de palavras novas ou pouco familiares
•Relata experiências diárias
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 6 anos:
•Reservando um tempo de seu dia para conversar com ela
•Lendo histórias para ela e pedindo que ela reconte
•Ajudando-a a escrever seu próprio livro de histórias com desenhos e ilustrações
•Pedindo que represente diferentes personagens de histórias
•Propondo jogos que envolvam raciocínio
•Dando tarefas em que seja necessário seguir algumas instruções
•Deixando-a cozinhar, utilizando livros de receitas infantis, com passos e instruções simples
•Assistindo com ela programas de televisão e vídeos, pedindo que conte sobre o que viu e o que mais gostou
•Permitindo que participe de discussões familiares em que possa dar sua opinião
•Ajudando-a a conhecer e utilizar novas palavras e conceitos
"SE VOCÊ ACHA QUE SEU FILHO NÃO ESTÁ ACOMPANHANDO ESTA ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM, PROCURE UM FONOAUDIÓLOGO"
O que é Dislexia ?
A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem).
Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura.
Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.
Dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.
Sinais Comuns de Dislexia Na Educação Infantil
•Falar tardiamente
•Dificuldade para pronunciar alguns fonemas
•Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário
•Dificuldade para rimas
•Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome
•Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas
•Dificuldade na habilidade motora fina
•Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa
•Dificuldade para lembrar nomes e símbolo
Na Classe de Alfabetização e 1ª série do Ensino Fundamental
•Dificuldade em aprender o alfabeto
•Dificuldade no planejamento motor de letras e números
•Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )
•Dificuldade com rimas (habilidades auditivas)
•Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)
•Dificuldade em seqüência e memória de palavras
•Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar
•Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
•Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)
•Dificuldade na execução da letra cursiva
•Dificuldade na preensão do lápis
•Dificuldade de copiar do quadro
Da 2ª à 8ª série do Ensino Fundamental
•Nível de leitura abaixo do esperado para sua série
•Dificuldade na sequenciação de letras em palavras
•Dificuldade em soletração de palavras
•Não gostar de ler em voz alta diante da turma
•Dificuldade com enunciados de problemas matemáticos
•Dificuldade na expressão através da escrita
•Dificuldade na elaboração de textos escritos
•Dificuldade na organização da escrita
•Podem ter dificuldade na compreensão de textos
•Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas
•Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios e gírias
•Presença de omissões, trocas e aglutinações de grafemas
•Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas
•Dificuldade em conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
•Dificuldade na compreensão da linguagem não verbal
•Dificuldade em memorizar a tabuada
•Dificuldade com figuras geométricas
•Dificuldade com mapas
Ensino Médio
•Leitura vagarosa e com muitos erros
•Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
•Dificuldade em planejar e fazer redações
•Dificuldade para reproduzir histórias
•Dificuldade nas habilidades de memória
•Dificuldade de entender conceitos abstratos
•Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
•Vocabulário empobrecido
•Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade
Adultos
•Permanência da dificuldade em escrever em letra cursiva
•Dificuldade em planejamento e organização
•Dificuldade com horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)
•Falta do hábito de leitura
•Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas)
Características Gerais Associadas
•A emissão oral é comparativamente muito melhor que do a escrita
•Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa.
O que Fazer? Na Educação Infantil
Mediante uma dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia. É necessário verificar se é uma dislexia propriamente dita, ou se é um atraso no desenvolvimento da leitura decorrente de fatores adversos como uma deficiência sensorial ou atraso cognitivo. No entanto, há casos em que podem ocorrer comorbidades, ou seja, mais de um transtorno ao mesmo tempo. Um exemplo disso é a presença da dislexia associada a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção (mais comumente conhecido pelo frequente sintoma da hiperatividade). Nesses casos, uma avaliação médica faz-se necessária.
Além de verificar os sinais clássicos , devem ser investigadas áreas referentes a:
•capacidades de linguagem
•capacidades oral e escrita (em termos de processamento - o mecanismo da leitura e da escrita; e de uso em contexto - interpretação ou elaboração de textos).
•funções cognitivas superiores como a atenção, memória e percepção (sobretudo auditiva e visual).
•aspectos psicomotores e grafomotores (relacionados, por exemplo, aos sintomas como dificuldade de orientação ou lateralidade e às alterações gráficas da escrita).
•histórico familiar (há estudos que relatam alterações linguísticas diversas, alcoolismo, problemas de tireóide, e outras, em ascendentes de disléxicos).
Estas áreas são utilizadas nas avaliações de fonoaudiologia, e se complementam com as avaliações neuropsicológica e de psicologia cognitiva. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado ou adequado, minimizando, assim, as conseqüências das dificuldades escolares e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.
Como os Pais podem Ajudar?
Seu filho não está indo bem na escola. Ele é o primeiro a saber, mas não sabe o que fazer e como explicar o que acontece. Quanto mais o tempo passar sem que ele tenha ajuda, maiores serão suas dificuldades.
Seja positivo
•Descubra tudo que você puder sobre o desempenho de seu filho e os melhores caminhos para ele.
•Procure o profissional adequado para ajuda-lo. Pai e mãe devem participar juntos desta tarefa.
Seja paciente e perseverante
•Tente desenvolver um bom relacionamento com seus professores e discuta se possível o problema com eles.
•Sempre se pergunte: “O que eu estou fazendo: estou ajudando meu filho ou somente estou dando vazão à minha frustração?”
•Tente ficar calmo ao receber alguma notificação escolar.
•Ensine seu filho a fazer coisas por si próprio, dando-lhe autonomia.
•Ensine a ele como se organizar, usando seu tempo da melhor maneira.
•Seja paciente com os progressos que ele fizer, quando estiver tendo atendimento apropriado. Não vão acontecer milagres. Tudo isto leva tempo. É necessário muita determinação e esforço.
Seja atento
•Ele poderá ter muitos desapontamentos como: ser chamado de bobo ou preguiçoso, chegar atrasado em compromissos, ter frustrações nos trabalhos escolares. Mas vocês como pais podem ajudá-lo a vencer a maioria deles, desde que percebam a tempo. Preste atenção nos sinais de stress, como enurese ou introversão. Não pense que necessariamente todos esses sinais são por causa da dislexia. Seu filho está crescendo e pode ter problemas como qualquer adolescente. Tem que haver uma intervenção gentil, mas com firmeza.
•Vários professores, psicólogos, clínicos e outros profissionais, de alguma maneira compreendem e são solidários aos disléxicos.
•Não o deixe desistir.
•Ele poderá ficar tão cansado com o esforço que faz na escola, que precisará, eventualmente, ter um dia mais folgado.
•Sua criança é disléxica e depende muito de sua atenção. Mas não dê mais atenção a ela do que aos outros membros da família.
•Nunca compare crianças.
•Você pode se tornar neurótico(a) ou super protetor(a), o que é um perigo.
Seja Prático
•Qualquer que seja a idade de seu filho, leia para ele. Muitos disléxicos não compreendem o que estão lendo e é quando você deve agir.
•Digite suas anotações escolares.
•Algumas matérias podem ser gravadas em fita cassete.
•Desenvolva o interesse dele por arte de um modo geral ( teatro, música, arte e música ).
•Assista TV, vídeos com ele e depois converse sobre o que viram.
•Incentive as atividades livres.
•Elogie, motive, informe e estimule sua auto confiança e sua auto-estima.
Botões e Laços
•Não é simples ensiná-los a amarrar cordões em sapatos e a abotoar.
•Sapatos sem cadarços com elástico, ou velcro, podem diminuir o problema, apesar não o resolver.
•Uma pessoa canhota, exercita tarefas de maneira diferente da pessoa destra. Por isso se você e seu filho não usam o mesmo lado das mãos (a mesma lateralidade), você deve ensinar essas tarefas em frente a ele. Caso vocês usem o mesmo lado, isto é, ambos são destros ou ambos são canhotos, você deve ficar atrás dele para ensiná-lo.
•Para ensinar a abotoar, sempre comece da parte inferior do botão e não em cima, pois fica embaixo de seu queixo e ele não poderá ver bem.
•Explique à criança o que você está fazendo, enquanto está executando a tarefa.
Sugestões para os Professores A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.
Destacamos algumas sugestões que consideramos importantes para que ele se sinta seguro, querido e aceito pelo professor e pelos colegas.
•O Disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá de nós mais esforço e disponibilidade do que dispensamos aos demais;
•Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo;
Melhorando a auto-estima:
•Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
•Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
•Valorize o esforço e interesse do aluno;
•Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
•Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
•Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
•Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;
•Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa;
Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.
Monitorando as atividades:
•Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
•Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;
•Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;
•Estimule a expressão verbal do aluno;
•Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
•Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;
•Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
•Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
•Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
•Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as idéias negativas que elas tem de si mesmas e aumentará sua ansiedade;
•Permita o uso de gravador;
•Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;
•"Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;
•Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele;
Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.
Avaliação
•As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:
Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado.
- Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
- Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado
•Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;
- Você pode e deve realizar avaliações orais também.
Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.
fonte-http://www.andislexia.org.br/
terça-feira, 13 de março de 2012
Inclusão Escolar
Antes de tudo, é melhor que se defina o que significa Inclusão Escolar.
Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como “perfeitos e não perfeitos”, “normais e anormais”.
É aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica.
Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada “privilegiada”, mas uma conduta que possibilitasse o “fazer parte”, um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática traz vários benefícios que serão abordados em um próximo artigo.
A escola inclusiva é aquela, como dito anteriormente, que se organiza para atender alunos não apenas ditos “normais”, mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.
Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.
E é aqui que começo a me questionar sobre o que é real e o que pode ser quase utópico, mediante a realidade de nosso sistema educacional.
Como professora e gestalt-terapeuta, não posso deixar de pensar em como é difícil ao ser humano experenciar a inclusão em um relacionamento com outra pessoa dita “normal”e “perfeita”.
Como já é difícil para o homem estar em contato, ser capaz de pular para o outro lado, não ser só empático, mas estar presente e confirmar o outro, suspendendo seus preconceitos, permanecendo aberto para a fenomenologia de outro ser, sem que haja qualquer diferença visível ou manifestação de necessidades especiais... O que dirá quando estas estiverem realmente presentes? Como conseguir falar e conversar com a alma de outro ser e não só com a sua cabeça?
Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre “ensinar inclusivamente”? É como se quiséssemos colher os frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.
A Inclusão Escolar só pode ser viável enquanto fruto e não como terra ou arado. Ela só poderá acontecer realmente quando aquele que tem a função de plantar, ou seja, o professor e toda a equipe que faz parte do funcionamento da escola, desde a direção até o servente, mudarem sua atitude em relação ao lidar com a diferença, aceitando-a, estabelecendo novas formas de relação, de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores que abarcam pena, repulsa e descrença.
Está nosso sistema educacional preparado para acolher a diferença em suas salas de aula?
Penso no predomínio de uma atitude sócio-econômica individualista, no relacionamento conflitante entre escola e família, nos atritos que marcam a comunicação entre professor, pais e o aluno, com tanta dificuldade, hoje, em gostar de aprender, bem como de lidar com a hierarquia e com a colocação de limites. E tudo isso acontece na escola não inclusiva, com alunos ditos “normais”.
Como acolher o aluno com necessidades especiais se não se consegue lidar saudavelmente com as diferenças inerentes à própria existência humana?
A Inclusão Escolar depende antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da Escola e da Sociedade, da qual aquela faz parte, da necessidade de se educarem a si mesmas para lidar com a diferença, antes de criarem técnicas, estratégias ou métodos.
Quando reflito sobre a Inclusão Escolar, dois sentimentos se apropriam de mim: o receio de como esta será conduzida e a preocupação com um equilíbrio filosófico que lhe dê suporte.
Sou contra atitudes extremas e radicais, por serem elas disfuncionais. A meta tem que se basear num enfoque equilibrado, onde, de um lado, não se alimente a segregação do aluno com necessidades especiais, colocando-o em uma sala distanciada, e de outro, não se queira incluí-lo na classe regular, passando por cima de suas características e do que precisa em relação tanto ao espaço físico como de atendimento profissional especializado e multidisciplinar.
Somos seres em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio para mim reside, antes de tudo, em permitir que o aluno portador de necessidades especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como fonte de contato verdadeiro e de amadurecimento mútuo.
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