sábado, 29 de outubro de 2011

O Desenvolvimento Emocional da Criança



O Desenvolvimento Emocional da Criança


Existem predisposições hereditárias que atuam nas reações emocionais humanas, mas a forma pela qual nos expressamos emocionalmente é sempre adquirida. Assim sendo, como educadores, isso nos motiva a saber como se estabelecem as reações afetivas e como podemos auxiliar no desenvolvimento de nossos educandos.

Para entender a vida emocional daqueles que ensinamos é necessário sabermos o porquê e como se estabelecem os sentimentos e as emoções frente às reações das crianças ao meio em que vivem. As emoções humanas não podem ser rotuladas até que as experiências infantis determinem os modos típicos de reação. Isto é, os padrões reativos emocionais são aprendidos e não mera transformação dos impulsos primários como choro, espanto, gritos e espasmos.

Verificando a idade aproximada das crianças observam-se determinadas reações que são na verdade características de cada fase do desenvolvimento infantil. São elas:


Nascimento: Excitamento generalizado.


Três meses: Excitamento, aflição e prazer.


Seis meses: Excitamento, medo, desprazer, raiva, aflição e prazer.


Um ano: Excitamento, medo, desprazer, aflição, raiva, prazer, alegria e afeição.


Um ano e meio: Excitamento, medo, desprazer, prazer, raiva, ciúme, alegria, afeição por crianças, afeição por adulto e aflição.


Dois anos: Excitamento, medo, desprazer, raiva, ciúme, aflição, prazer, júbilo, alegria, afeição por adulto, afeição por criança. Já com certo equilíbrio emocional a criança nessa fase demonstra afeto pela mãe principalmente na hora de dormir. Cuida afetuosamente dos seus brinquedos, têm idéia de posse das suas coisas, mas não sente ciúmes das demais crianças.


Três anos: Afável, serviçal e acessível pode demonstrar ciúme dos irmãos mais novos e já apresenta domínio físico e emocional de si mesma. Feliz e satisfeita a criança nessa idade se entretém tranquilamente de forma equilibrada sendo feliz e sentindo-se satisfeita.


Quatro anos: Tanto os meninos como as meninas mostram-se egoístas, rudes e impacientes com os irmãos menores. Polemistas e briguentos expressam afeto na hora de dormir, sentem ciúme do pai e da mãe ao mesmo tempo, são alegres, gostam de participar de jogos e sentem orgulho de seus trabalhos.


Cinco anos: Compreensivos, carinhosos e realistas orgulham-se de seus aspectos e principalmente de suas roupas bonitas. Curiosos gostam de ouvir histórias e sabem o que querem se atendo ao que desejam por vezes insultando os outros.


Seis anos: Sumamente emocional a criança nessa idade apresenta acentuado desequilíbrio nas relações com outras crianças ficando excitada quando a criticam. Expansivas amam e odeiam a mãe ao mesmo tempo, são brincalhonas e se consideram “sabichonas”. Choram facilmente sem motivo e em certas horas são carinhosas e angelicais e grandes companheiras para adultos. Apresentam ciúmes dos brinquedos e de outras crianças. Empregam palavras fortes com certa agressividade testando limites.



É importante lembrar que dentro do desenvolvimento emocional de toda criança três características das emoções são fortemente percebidas, são elas:


Medo: Nas crianças de alguns meses o medo é provocado por ruídos fortes, estímulos dolorosos e falta de apoio. Com isso as crianças tendem a prender a respiração e procuram agarrar-se a qualquer objeto. À medida que a criança se desenvolve, o medo começa a revelar insegurança e somente lentamente é que ele se torna uma reação mais limitada fazendo surgir reações de prudência, cuidado e aflição.


Cólera: Numa criança de meses, por exemplo, ela pode ser provocada pela coibição dos movimentos comuns no desenvolvimento motor. Quando frustrada a criança tende a destruir os objetos que se encontram à sua frente e embora a cólera se manifeste quando a criança se sente frustrada, ela pode decorrer inclusive de causas internas como a fadiga, o sono, aborrecimentos em geral ou mesmo o surgimento de doenças que acometem as crianças.


Prazer: Desde bebê o prazer nas crianças irá emergir com a satisfação das necessidades orgânicas ou mesmo pela presença dos familiares. Já na fase pré-escolar, além do prazer ser produto da satisfação das necessidades fisiológicas e psicológicas ele é manifestado por meio do amor, do júbilo e da afeição. A afeição nas crianças, por exemplo, é facilmente observável nas reações prazerosas tanto com os brinquedos, como com os animais e as pessoas.



Sabe-se que além de todas as características descritas anteriormente, vale lembrar que quando existem na família boas relações entre todos os membros, a criança se sente segura emocionalmente o que muitas vezes auxilia na construção de uma personalidade confiante e com iniciativa.

Daniella Magnini Baptista
Pedagoga


(Publicado em 05/11/2009 )

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