quarta-feira, 28 de março de 2012

DISTÚRBIOS DO SONO EM CRIANÇAS


Os pais de crianças obviamente acham os períodos de sono
do filho uma maravilha, particularmente quando ele evolui
para um padrão em que há uma longa noite sem acordar.
Porém, a irregularidade no padrão de sono da criança
pode ser sintoma de alguma desorganização ou problema.
Em cada idade o sono tem características diferentes. O recém-nascido, por exemplo, dorme de dezesseis a vinte horas por dia, enquanto o jovem adulto dorme oito e o idoso apenas seis ou sete horas.
O sono do bebê é mais longo e diferente do sono dos adultos. Os pais costumam notar que seus filhos são ativos e expressivos mesmo quando estão dormindo. Produzem uma variedade de expressões faciais, incluindo sorrisos, caretas e outras. Também fazem ruídos e movimentos. Isso ocorre pois, nos bebês, o processo de inibição das atividades motoras ainda não está amadurecido.
Para a maioria dos pais, um grande marco da infância é a primeira vez que o filho dorme durante uma noite inteira. Em geral, isso não acontece antes dos três meses de idade. Entre três meses e um ano, a criança estabiliza seus hábitos de sono, mas ainda não de forma contínua, pois a maioria costuma acordar pelo menos uma vez, exigindo a atenção dos pais.
Os distúrbios do sono estão às vezes relacionados com angústia de separação (a noite é o momento por excelência no qual, ao acordar, a criança tem consciência de estar sozinha) e/ou como resultado de uma mudança nas circunstâncias da família que submete a criança a uma tensão extra.
Muitas vezes, as crianças apresentam dificuldades para dormir porque tem medo de sonhos maus. Isso está em parte relacionado com a forma como elas se apegam a uma espécie de crença em mágica, realidade e fantasia não estão totalmente diferenciadas nas suas mentes. Muitos contos de fadas são a própria matéria dos pesadelos das crianças.

Algumas técnicas que ajudam a criança dormir:

Estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história, cantar uma canção de ninar etc...

Deixar acesa uma luz bem fraquinha. Não é raro a criança se sentir abandonada quando não consegue enxergar os objetos familiares no quarto escuro.

Dar para a criança o que os psicólogos chamam de "objeto de transição": um bicho de pelúcia, um travesseiro ou uma fralda. A função do objeto de transição é suavizar o momento de separação dos pais na hora de ir para a cama. Este objeto transmite uma sensação de calor, conforto e segurança.

Não dar achocolatados e refrigerantes antes da criança dormir.

Não ficar disponível demais para a criança durante a noite. Se ela fizer manha ou chorar, espere um pouco antes de entrar no quarto.

A falta de sono em crianças nem sempre causa sonolência durante o dia, podendo apresentar um conjunto de sintomas muito enganador: o de hiperatividade, dificuldade de relacionamento, irritabilidade e agressividade. Em geral, não conseguem se concentrar quando interagem com adultos e na escola.

Quando o distúrbio do sono passa a ser freqüente, prejudicar a dinâmica familiar e resultar nestes sintomas já citados acima, é importante que os pais primeiramente procurem um médico para descartar a possibilidade de qualquer doença orgânica. Sendo esta hipótese descartada, é indicado procurar ajuda de um psicólogo para poder ser trabalhado o fator emocional que está prejudicando o sono da criança


Fonte- Dra. Daniela Levy (CRP 06/58195-8)
Pós-Graduada (Latu Senso) em Psicologia Clínica Hospitalar pelo
Instituto do Coração - InCor do HC-FMUSP

terça-feira, 27 de março de 2012

A Arca de Noé - Vinícius de Moraes

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.

Vinícius de Moraes

Criança : A construção social do sujeito

Abordagem do sujeito e as modificações que ocorrem no processo envolvidos na relação do individuo com o mundo.

A Psicologia do Desenvolvimento


Desenvolvimento é o processo pelo qual o individuo constrói ativamente, nas relações que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.

A psicologia do desenvolvimento pretende estudar como nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas que distinguem o homem de outras espécies.

A Psicologia da Aprendizagem


A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.

APsicologia da aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança.

A Psicologia na Educação

A educação começa muito antes da vida escola, não estando a tarefa de ensinar apenas nas mão dos professores.

Daí a importância de se buscar maximizar esses resultados, colocando a serviço da educação e do ensino o conjunto dos conhecimentos psicológicos sobre as bases do desenvolvimento e da aprendizagem. Com eles, o professor estará em posição mais favorável para planejar a sua ação.

A criança enquanto ser em transformação


1. Concepções de desenvolvimento: correntes teóricas e repercussões na escola

1.1.- A Concepção Inatista


A concepção Inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento, parte da concepção de que o homem "já nasce pronto". E tal concepção gera preconceitos prejudiciais ao trabalho em sala de aula.

1.2.- A Concepção Ambientalista


Atribuição a um imenso poder ao ambiente no desenvolvimento humano.

A introdução de teorias ambientalistas na sala de aula teve o mérito de chamar a atenção dos educadores para a importância do planejamento de ensino.

Por outro lado, as teorias ambientalistas fez com que a educação fosse sendo entendida como tecnologia, ficando de lado a reflexão filosófica sobre a sua prática..

Não na concepção ambientalista, preocupação em explicar os processo através dos quais a criança raciocina e que estariam presentes na forma como ela se apropria de conhecimentos.

Resumo:Cláudia Davis e Zilma de Oliveira tratam neste livro dos principais temas da Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Aprendizagem, nas suas implicações com a educação e o ensino. Com linguagem precisa e rigorosa, discutem as teorias inatistas e ambientalistas, buscando auxiliar os estudantes a compreenderem por que razões optam pela concepção interacionista, tal como propõe Piaget e Vigotsky.

Cláudia Davis, Zilma de Moraes Ramos de Oliveira

2 ed. - São Paulo - Cortez Editora - 1994 - 125 p.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Adoção: Filhos do Coração

A adoção é algo muito importante na vida de uma família; por isso, precisa ser bem pensada e orientada, além de bem planejada para poder trazer muita alegria tanto para os futuros pais como também para os possíveis filhos biológicos.

No Brasil, cerca de oito mil crianças estão aptas para a adoção de acordo com o Ipea. Um cadastro irá reunir dados com perfis das crianças e os possíveis pais adotivos.

Primeiro passo


A vara da infância é o primeiro local onde as pessoas interessadas devem procurar para dar início ao processo de adoção. A adoção pode ser feitas por adultos com mais de vinte e um anos de idade, independente de seu estado civil, podendo ser solteiro, casado ou divorciado, mas quando é casado ou tem uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada pelo casal, os quais participarão juntos em todas as etapas do processo adotivo, sendo feita também uma avaliação de estabilidade da união.

Legislação

Com relação a quem pode ser adotado, são crianças e adolescentes com até dezoito anos e partir da data do pedido de adoção e órgãos de pais falecidos ou desconhecidos. É importante ressaltar que maiores de dezoito anos também podem ser adotados, mas isso irá depender da sentença do juiz.

Só podem ser colocados para a adoção crianças ou adolescentes que já tiveram todos os recursos possíveis esgotados no sentido de mantê-los no convívio da família de origem.

Com relação aos documentos necessários para a adoção estão: RG, comprovante de residência, CPF, cópia do comprovante de renda mensal, cópia autenticada da certidão de nascimento ou casamento, atestado de sanidade física e mental, atestado de idoneidade moral e atestado de antecedentes criminais.

Por não ser um processo padronizado no país, o sistema de adoção, em primeiro momento é feito pela Vara da Infância e da Juventude mais próxima de sua cidade e em seguida, os interessados passam por uma entrevista.

Após isso, é dada a guarda temporária da criança para os adotantes, sendo este período chamada de experiência e avaliação e se o adotante for aprovada, é iniciado o processo na Justiça e a sentença se encerra com a aprovação do juiz.

Uma duvida que assombra os pais de crianças adotadas é saber como e quando a melhor maneira de contar a verdade sobre a origem dos filhos. O medo da reação e da rejeição são os principais fatores que os pais temem.

Mas de acordo com especialistas dizer claramente se ela foi adotada ou não é uma atitude importante para preservar a saúde mental da criança e o relacionamento saudável.

Não minta para seu filho

Junto com a mentira podem existir tropeços, enganos e certo mal estar familiar. Você não precisa espalhar a quatro cantos que adotou uma criança, mas é muito importante que a família saiba. Isso ajuda a criança entender que ela não foi enganada, e que todos confirmam a mesma verdade. Conte a verdade sempre que puder, assim ficará registrado em sua memória.

Como e quando contar?

Não existe uma idade exata para contar, é preciso levar em consideração que cada criança é diferente da outra e possuem maturidade e personalidade variadas. Os pais podem perceber o melhor momento, e introduzir o assunto com as próprias perguntas da criança. Por exemplo: aproveite a clássica pergunta: como eu nasci? Ela vai ter como referência o que lhe foi explicado. Preste atenção aos fatos que está esclarecendo. A versão deve ser sempre a mesma, claro que com o passar do tempo algumas coisas vão sendo incluídas, mas sua história de vida é única.
Tudo deve ser explicado também de acordo com sua idade, para que ela realmente compreenda. Receber informações em quantidade e qualidade incompatível com sua idade pode causar traumas.

Na maioria dos casos, a criança adotada já se desenvolveu no útero de sua mãe biológica em condições impróprias e sendo rejeitada. Por isso todo carinho e paciência são fundamentais na hora de conversar, mostre-lhe claramente que você o desejou e esperou, independente de ser gerado dentro de você. A adoção é um ato sublime de amor. E o amor também é verdade.


Adotar uma criança é uma atitude que exige boa vontade e disposição, trazendo inúmeros benefícios para quem adota e é adotado.
Fonte-http://www.zun.com.b

domingo, 25 de março de 2012

Antes que elas cresçam - Affonso Romano de Sant'Anna



Este post consegue decodificar todo sentimento que os pais sentem ao ver que seus filhos estão se tornando adultos. Leiam:

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.

Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.

Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.

Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.

Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.

Affonso Romano de Sant’Anna

* Este post é dedicado a você Rodrigo.Parabéns meu filho amado!!! 18 anos de alegria na sua companhia! Amor, sorte , felicidade, saúde e sucesso…


sexta-feira, 23 de março de 2012

Psicologia infantil


Todos nós , em algum momento na vida, podemos passar por crises, o que não significa que seja preciso consultar um psicólogo sistematicamente. Podemos contar muitas vezes apenas com o suporte de parentes e amigos para superar um momento difícil.
Mas quando o suporte de pessoas próxima não é suficiente ou a situação parece insolúvel, então o acompanhamento com o psicólogo pode ajudar a esclarecer as razões de nossas dificuldades e a modificar nossos comportamentos.
Algumas pessoas hesitam em consultar um psicólogo ou psiquiatra porque desejam resolver seus problemas sozinhas ou se sentem culpadas por estar em dificuldade. Outras, envergonham-se do que sentem e preocupam-se com o que os outros podem pensar se procurarem ajuda. O caminho percorrido até o psicologo pode ser cheio de ambivalências. E, no entanto, consultar um profissional da psicologia pode ser importante para seu bem estar.
Psicólogos e psiquiatras atendem freqüentemente pessoas que passam por um momento de crise no relacionamento conjugal ou familiar, apresentam problemas de desempenho ou vivenciam um luto; e ainda, pessoas que buscam encontrar seus próprios caminhos, ter maior autonomia na relação com os outros ou melhorar sua qualidade de vida.
O papel do psicólogo consiste em analisar a história de vida da pessoa, esclarecer uma situação, dar suporte e acompanhá-la a fim de auxiliar na superação de uma crise e proporcionar o desenvolvimento de potencialidades e crescimento pessoal de seu paciente.

>> Quando buscar ajuda de um psicólogo para meu filho ( psicologia infantil ) ?


Muitos adultos têm dúvidas sobre a necessidade de buscar psicoterapia para seu filho ( psicologia infantil ). Embora as crianças manifestem em geral comportamentos que indicam quando algo não está bem, a grande maioria dos pais reluta em procurar ajuda de um psicólogo infantil. Os pais tendem a pensar que a criança esta passando apenas por uma fase, que sera superada sozinha. Ou se sentirem culpados, receosos de que a terapia com o psicólogo para crianças possa apontar que eles têm alguma responsabilidade pelo sofrimento de seus filhos.

Realmente não é fácil julgar o momento apropriado para levar uma criança à psicoterapia. Muitos adolescentes iniciam um acompanhamento com psicólogo por vontade própria. E algumas crianças podem pedir ocasionalmente para ver alguém. No entanto, é a escola que costuma ser a primeira a notar mudanças de comportamento e solicitar um encaminhamento para psicologia infantil. Os primeiros sinais de problemas incluem a hiperatividade, a dificuldade de concentração, a agressividade, o comportamento inadequado, a dificuldade em brincar com outras crianças e ansiedade da separação e social. Estes comportamentos podem comprometer o desempenho escolar da criança e sua vida familiar.

Certamente, nem todos os conflitos da criança merecem acompanhamento da psicologia infanti , mas se seu filho parece precisar de ajuda, você deve consultar um profissional da psicologia. O psicólogo infantil poderá determinar se as dificuldades apresentadas por ele necessitam ou não de uma intervenção. Em alguns casos, o problema pode ser superado apenas com uma orientação aos pais e professores. Ou com uma breve psicoterapia.
Solicite ao pediatra ou à professora de seu filho a indicação de um psicólogo infantil.

>> Como é realizada a psicologia infantil ?


Durante a psicoterapia, o psicólogo utiliza recursos lúdicos para compreender os sentimentos, angústias e fantasias que a criança expressa através das brincadeiras.Antes do início da psicoterapia, o psicólogo realiza entrevistas iniciais com os pais para reunir informações sobre a história da criança e da família.Após esse contato inicial, o psicólogo tem maiores condições de avaliar o número de sessões semanais (que varia de uma a quatro) necessárias com a criança bem como a trama familiar que pode estar envolvida nos sintomas expressos por ela. Iniciado o trabalho com a criança, as sessões ocorrem nos dias e horários estipulados, com duração de cinqüenta minutos cada. Além disso, ao longo da terapia infantil, são realizados encontros periódicos com os pais.

>> Quais os principais motivos da procura pela terapia para criança ( psicologia infantil ) ?

São varios os motivos que levam os pais a buscarem atendimento psicológico para seus filhos. Dentre os sintomas e queixas mais comuns (expressas pelos pais) podemos listar:

- Dificuldades de aprendizagem
- Enurese ou ecoprese diurna ou noturna
- Pesadelos, dificuldades para dormir
- Distúrbios alimentares, dentre outros.
- Agressividade em casa e na escola
- Hiperatividade, atrasos no desenvolvimento motor (atrasos para falar, andar, etc.)

>> Quais os beneficios trazidos pela psicologia infantil?


Por se sentir acolhida e compreendida no contexto terapêutico, a criança passa a comunicar através do lúdico suas dificuldades emocionais, apresentando melhora significativa em casa e na escola.

Além disso, caso a criança permaneça no atendimento com o psicólogo o tempo necessário, terá maiores chances de se tornar um adolescente e, posteriormente, um adulto mais consciente de si e de seus próprios sentimentos e emoções.

>> Como ajudar uma pessoa que conheço?


Os psicólogos costumam ser consultados por pessoas que estão em contato com alguém em dificuldade. O sofrimento psíquico sempre repercute em parentes e amigos próximos. Mas como posso ajudar uma pessoa que passa por problemas?

Você pode, antes de mais nada, demonstrar sua preocupação e perguntar se existe algo que possa fazer para ajudar. O mais importante é ajudar no que for possível, dar suporte afetivo e não deixar seu parente ou amigo se sentir sozinho.

O acompanhamento psicológico pode, eventualmente, esclarecer algumas situações difíceis, levantar possibilidades de encaminhamento para a pessoa e ajudar você a enfrentar este momento.

Psicologa Nelly Silva Amaral - CRP:34650 5a regiao

Licenciatura em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da UniVali em Itajai,SC. Experiência profissional com problemáticas diversas, no setor público e em consultório.
Marque sua consulta:
Tel: (021) 2284-1721 / 3547-8621 / cel: 7993-9927
e-mail: nellysamaral@yahoo.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

SER UMA CRIANÇA CIDADÃ!

Sabem, costumo pensar e conversar bastante com as pessoas sobre cidadania, sobre a importância de uma postura cidadã.
De que o que realmente precisamos no trânsito, por exemplo, para modificar a realidade caótica de guerra que temos no Brasil, é de cidadãos, além, e na minha opinião muito mais, que estradas e belos projetos.
Mas é claro, precisar de cidadãos no trânsito, significa que precisamos de muito mais pessoas que assumam postura de cidadãos no mundo, na vida de uma forma geral. Porque ser cidadão não é uma roupa que colocamos e tiramos em determinadas situações. É estar de fato, comprometido com seus direitos e deveres, ser consciente e de verdade acreditar, que assumir esse comportamento muda a sua vida e de outras pessoas.
Que ser cidadão é amar e respeitar sua própria vida, porque só assim é possível respeitar a vida de outrem.
Quem pode respeitar a vida do outro, cuidar para não lesar as outras pessoas, se não respeita a sua própria vida? Se não tem cuidado com ela?
Ter uma postura cidadã, para além de lhe garantir uma vida mais digna, traz a possibilidade de alargar horizontes, e o que é de suma importância – fazer um mundo melhor!!
Como?? Fazer um mundo melhor?
Sim!! Fazer o seu mundo melhor, e assim melhorar o mundo dos seus filhos, porque eles vão copiar seus comportamentos, vão aprender a se comportar a partir do que vêem em você!
Filhos não aprendem com o que os pais falam, filhos aprendem com o que os pais fazem!
Quer filhos cidadãos? Seja, antes de tudo.
Lhes ensine honestidade, não passando ninguém para trás, não mostrando que o bom mesmo é tirar vantagem das pessoas, que isso é que é ser esperto!
Lhes ensine respeito, respeitando o seu jeito de ser, ouvindo o que ele tem pra falar, percebendo que seu filho é uma pessoa diferente de você, e que merece ter seu ponto de vista ouvido!
Seu filho não será gentil seu você não for gentil, se a gentileza não for um valor dentro da sua casa.
Não adianta dizer para o filho que é feio mentir, se você mente pra ele, e ainda o induz a contar uma mentirinha boba.
Não adianta xingar as pessoas no trânsito e depois exigir que seu filho não xingue o amiguinho.
Se quiser uma criança socialmente boa, que respeita os outros, terá que assumir este compromisso na sua vida primeiro.

E esses são somente exemplos.
Faça uma reflexão, pense na importância que ter uma postura cidadã com a vida, pode tornar o mundo de seu filho muito melhor.
Pense na bela oportunidade que os filhos nos dão – por amor, à nós mesmos e á eles... podemos tornar a NOSSA vida muito melhor.
Talvez essa seja a forma mais efetiva de mudar o mundo!

Simone Ávila
Psicóloga Clínica Especialista em Psicologia da Comunicação Membro associado da ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Desenvolvimento da Fala e da Linguagem da Criança.

"Seu filho de 2 anos ainda não fala, só diz algumas palavras. Em comparação com seus amiguinhos, você acha que ele está atrasado. Esperando que ele se desenvolva, você adia a procura de um profissional especializado". Esta cena é comum entre os pais de crianças que demoram para começar a falar. A menos que sejam observadas dificuldades em outras áreas do desenvolvimento, os pais às vezes hesitam para buscar ajuda.

Não Espere para Avaliar

Crianças com a idade de 12 a 18 meses devem ser vistas por profissionais quando seus pais suspeitam de atraso nas habilidades de comunicação. Os pais devem também procurar ajuda se seu filho de qualquer idade não responde a sons. Uma avaliação precoce é importante, para evitar futuros problemas de linguagem.

Há uma diferença entre fala e linguagem. A fala se refere basicamente à forma de articular sons nas palavras. A linguagem significa expressar e receber informações de modo significativo. É compreender e ser compreendido através da comunicação. Uma criança com problemas de linguagem pode estar apto a pronunciar bem as palavras, mas, ser incapaz de colocar mais de duas palavras juntas. Inversamente, a fala de uma outra criança pode ser difícil de ser compreendida, mas ela usa palavras e frases para expressar suas idéias. Problemas com fala e linguagem diferem, mas freqüentemente coincidem.

Fala e Linguagem da criança de zero a doze meses (0 a 12 meses)
A criança de zero a seis meses de idade...


•Reage aos estímulos ambientais de forma reflexa
•Reage aos estímulos ambientais alterando o comportamento de forma significativa (sorriso e choro)
•Ri e murmura para pessoas conhecidas
•Reage às vozes altas, ou não amigáveis
•Volta-se e olha na direção dos novos sons
•Balbucia pedindo atenção
•Faz vocalizações generalizadas
•Observa sua mão
•Reage ao seu nome

Com oito meses, a criança...

•Acaricia sua própria imagem refletida no espelho
•Produz quatro ou mais sons diferentes
•Usa freqüentemente as sílabas ba, da, ka
•Transfere objetos de uma mão para outra
•Vocaliza com variação de entonação frente aos diferentes estímulos
•Tenta imitar sons

Com dez meses, a criança...


•Pode já dizer "mama" e "papa"
•Grita para chamar atenção
•Vocaliza enquanto manipula objetos
•Usa um jargão (balbucio que parece linguagem verdadeira)
•Brinca de "esconde-esconde"
•Fala uma sílaba ou uma seqüência de sons repetidamente
•Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho.

•Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de zero a 12 meses


•Reagindo aos sons que ela faz
•Falando com ela enquanto você estiver cuidando dela
•Lendo livros coloridos todos os dias
•Mantendo sua linguagem simples e concreta
•Recitando versinhos e cantando
•Mostrando interesse em todos os sons diferentes que ela ouve ( o gelo num copo, a campainha tocando, a chuva caindo)
•Ensinando os nomes das coisas do dia a dia e das pessoas familiares
•Levando a criança em diferentes lugares
•Brincando de jogos simples como "esconde-esconde"
•Tocando música para ela

Fala e Linguagem da criança de 12 a 18 meses
A criança de 12 a 18 meses:


•Reconhece seu nome.
•Entende "não".
•Compreende ordens simples.
•Imita palavras familiares.
•Acena com a mão (adeus)
•Fala 2 ou 3 palavras além de "mamãe" e "papai"
•Emite "sons" de coisas e animais familiares.
•Dá um brinquedo quando lhe pedem.
•Dá muitas gargalhadas.
•Ouve bem e discrimina vários sons.
•Reconhece a palavra como símbolo de um objeto: carro – aponta a garagem; gato - miau
•Mostra muito afeto, fazendo barulhos e batendo palmas com o carinho de seus pais.
•Entende verbos que representem ações concretas e relativos a suas próprias necessidades (mais, quer, acabou, dá)
•Identifica 4 objetos familiares sob nomeação
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 12 a 18 meses:
•Lendo livros bem ilustrados e coloridos
•Incentivando-a brincar de jogos de imitação.
•Usando frases curtas
•Reforçando as palavras novas ditas por ela
•Fazendo atividades próprias para sua idade
•Conversando sobre o que vocês estão fazendo quando estiverem juntos

Fala e Linguagem da criança dos 18 aos 24 meses
A criança de 18 a 24 meses


•Usa 10 a 20 palavras, incluindo nomes
•Escuta bem e discrimina vários sons
•Reconhece retratos de familiares e figuras de objetos conhecidos
•Combina duas palavras para demonstrar seus desejos, tal como "mais"
•Imita palavras e sons com maior precisão
•Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para expressar seus desejos
•Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitado
•Obedece ordens simples
•Imita trabalhos domésticos: esfregar um pano, colocar a mesa
•Nomeia 4 objetos rotineiros
•Pode cantarolar
•Identifica 3 partes do corpo, em si e no outro sob nomeação
•Realiza até 2 ordens simples
•Usa o próprio nome
•Responde sim e não
•Começa a fazer frases simples
Como você pode estimular a linguagem da criança de 18 a 24 meses:
•Contando histórias de livros
•Falando de modo, simples e claro
•Proporcionando experiências para estimular a fala e o desenvolvimento da linguagem: passeios, ida ao "shopping", ao play ou jardim de sua casa, pic nic, tarefas domésticas em conjunto
•Conversando sobre os lugares novos antes de ir, enquanto vocês estiverem lá, e quando chegarem em casa
•Olhando-a nos olhos quando estiver falando com ela
•Imitando e identificando sons , tais como cachorro latindo, pássaros cantando, sirenes, portas rangendo, barulho de água
•Descrevendo o que a criança está fazendo, sentindo e ouvindo
•Fazendo com que estas experiências de falar e escutar sejam agradáveis, importantes e divertidas para a criança
•Elogiando a comunicação da criança

Fala e linguagem da criança de 2 anos
A criança de 2 anos:


•Usa o próprio nome
•Relaciona o que fala com situações concretas
•Nomeia mais ou menos 3 partes do corpo ou de uma boneca ou pessoa
•Fala sozinho enquanto brinca
•Combina 2 palavras para exprimir posse
•Mostra com os dedos a idade
•Identifica no mínimo 3 objetos pelo uso
•Reconhece: "grande", "pequeno", "em cima de", "embaixo de", e "dentro", sob nomeação
•Aponta gravura de objeto comum
•Compreende o "onde" respondendo adequadamente
•Combina verbo ou substantivo com "este" e "aqui", falando 2 palavras
•Combina "é" em frases de 2 elementos
•Usa artigo na fala
•Aplica regra regular de gênero
•Possui vocabulário de 50 a 100 palavras
•Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor
Como você pode estimular a linguagem da criança de 2 anos:
•Deixando-a ouvir CD ou fitas infantis
•Elogiando sua comunicação
•Descrevendo as atividades que estão fazendo, acrescentando novas palavras
•Utilizando palavras novas em várias situações (ampliação de vocabulário)
•Proporcionando novas experiências: teatrinho, cinema, circo... e comentando sobre elas
•Lendo historinhas

Fala e linguagem da criança de 3 anos
A criança de 3 anos:


•Aponta 3 cores primárias quando nomeadas
•Começa a compreender frases relativas à direções, como: "coloque o cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: "ao lado"
•Executa uma série de 3 ordens relacionadas
•Conhece seu sobrenome e o seu sexo
•Pode falar sobre uma historinha ou relacionar uma idéia ou objeto
•Usa orações empregando 4 a 5 palavras
•Tem um vocabulário de quase 1000 palavras
•Repete sons, palavras, frases e orações
•Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras
•Pode desenhar um círculo e uma linha vertical
•Pode cantar músicas
•É capaz de permanecer em uma atividade por 8 minutos
•Com freqüência faz perguntas sobre um assunto: "Quê?"
•Usa formas possessivas, como: "meu", "minha", "teu", "seu", "de" junto ao nome (ex.: de minha mamãe)
•Usa formas verbais simples e complexas, tais como: "estou jogando", "vou jogar".
•Usa termos de negação tais como: "nada", "nunca", "ninguém", "nem"
•Começa a usar orações compostas, unidas por: "e", "que", "onde", "como"
•Expressa verbalmente fadiga (diz que está cansado)
•Combina substantivo mais adjetivo
•Usa: "eu", "mim", ao invés do próprio nome
•Memoriza pequenos versos e músicas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 3 anos:
•Introduzindo palavras novas no seu vocabulário, enquanto brinca com ela
•Ensinando-lhe relações entre palavras, objetos e idéias
•Ensinando à criança contar histórias, utilizando livros e desenhos
•Permitindo que jogue com outras crianças
•Lendo para ela histórias
•Prestando muita atenção quando ela fala, lembrando que se ela repetir palavras e sons é normal
•Fazendo jogos com rimas

Fala e linguagem da criança de 4 anos
A criança de 4 anos:


•Nomeia: pequeno, grande, embaixo, em cima, dentro, fora, pesado, leve, igual, diferente, cores primárias e 3 formas geométricas
•Descreve eventos e personagens de histórias conhecidas e relata 2 fatos em ordem de ocorrência
•Segue instruções ainda que não esteja em frente ao objeto
•Pode falar algo imaginário como "suponho que", " eu desejo"
•Faz perguntas usando: "Quem?", "Por que?", "Como?" e "Quando?"
•Utiliza orações complexas
•Utiliza tempo passado e plural
•Copia uma linha e um círculo
•Tem um vocabulário de quase 1500 palavras
•Mantém-se numa atividade por 11 ou 12 minutos.
•Repete 3 dígitos e sentenças de 5 a 6 palavras
•Executa uma série de 2 ordens simples não relacionadas
•Nomeia seus próprios desenhos
•Segue regras de convívio social
•Reconhece partes do corpo: cabeça, braços, pernas, pés, mãos, cabelo, bumbum, nariz, orelha e boca
•Mantém atenção quando uma historinha é lida para ela
•Diz seu nome completo
•Responde perguntas de ordem temporal, referente a fatos concretos (dia – noite)
•Identifica objetos pelo uso
•Tem fala inteligível
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 4 anos:
•Ajudando-a a classificar objetos e coisas, explicando qual a razão de pertencerem a uma determinada categoria
•Conversando com ela sobre coisas que ela possa realizar
•Ensinando-a usar o telefone corretamente
•Permitindo que ajude a planejar atividades tais como Natal, aniversário...
•Dando à criança mais responsabilidade na vida diária
•Lendo histórias cada vez maiores
•Permitindo que crie e conte histórias
•Mostrando constantemente seu interesse no desenvolvimento de sua linguagem e pensamento

Fala e linguagem da criança de 5 anos
A criança de 5 anos:



•Define os objetos pelo seu uso e pode dizer de que são feitos os objetos
•Conhece relações espaciais como "acima", "abaixo", "atrás", "perto" e "longe"
•Sabe seu endereço
•Constrói orações utilizando de 5 a 6 palavras
•Identifica dinheiro
•Possui um vocabulário de aproximadamente 2000 palavras
•Usa corretamente os sons da língua
•Conhece antônimos de palavras conhecidas
•Entende o significado das palavras igual e "diferente"
•Usa o condicional
•Conta dez objetos
•Acompanha a seqüência de uma estória
•Utiliza o tempo presente, passado e futuro dos verbos
•É capaz de permanecer em uma atividade durante mais de 15 minutos
•Pede informações
•Pede ajuda quando encontra dificuldade
•Usa todo tipo de orações, algumas das quais podem ser complexas, por exemplo: "antes de entrar em casa eu preciso tirar meus sapatos molhados"
•Usa corretamente os pronomes
•É capaz de fazer rimas
•Repete 4 dígitos
•Responde a pergunta "por quê" , dando uma explicação
•Nomeia cores além das primárias
•Reconhece uma gravura que não pertence a uma classe específica, por exemplo: o que não pertence a classe dos animais
•É capaz de apontar absurdos em uma figura
•Executa uma série de 3 ordens não relacionadas
•Articula corretamente todos os fonemas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 5 anos:
•Incentivando-a a usar sua linguagem para expressar seus sentimentos, idéias, sonhos, desejos, e medos
•Permitindo que ela crie desenhos novos livremente com lápis, lápis cera, pilot e papel
•Proporcionando oportunidades de aprender canções, rimas ou versos de memória
•Lendo contos, histórias compridas
•Falando com a criança sobre temas variados sem utilizar termos e expressões infantis
•Escutando e prestando atenção quando ela fala, levando em conta que a criança entende mais do que é capaz de verbalizar

Fala e linguagem da criança de 6 anos
A criança de 6 anos:


•Usa a gramática adequadamente
•Compreende o significado das frases
•Nomeia os dias da semana em ordem e conta até 30
•Conta uma história de 4 a 5 fatos e começa a ter noção de causa/efeito
•Sabe o dia e mês de seu aniversário, seu sobrenome, endereço e telefone
•Distingue direita e esquerda
•Conhece a maioria das palavras opostas e o significado de: "através", "até", "em direção a", "longe", "desde".
•Sabe o significado e usa corretamente as palavras: "hoje", "ontem" e "amanhã".
•Formula perguntas utilizando: "Como?", "Que?", "Por que?".
•Pergunta o significado de palavras novas ou pouco familiares
•Relata experiências diárias
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 6 anos:
•Reservando um tempo de seu dia para conversar com ela
•Lendo histórias para ela e pedindo que ela reconte
•Ajudando-a a escrever seu próprio livro de histórias com desenhos e ilustrações
•Pedindo que represente diferentes personagens de histórias
•Propondo jogos que envolvam raciocínio
•Dando tarefas em que seja necessário seguir algumas instruções
•Deixando-a cozinhar, utilizando livros de receitas infantis, com passos e instruções simples
•Assistindo com ela programas de televisão e vídeos, pedindo que conte sobre o que viu e o que mais gostou
•Permitindo que participe de discussões familiares em que possa dar sua opinião
•Ajudando-a a conhecer e utilizar novas palavras e conceitos
"SE VOCÊ ACHA QUE SEU FILHO NÃO ESTÁ ACOMPANHANDO ESTA ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM, PROCURE UM FONOAUDIÓLOGO"

O que é Dislexia ?



A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem).

Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura.

Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.

Dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.

Sinais Comuns de Dislexia Na Educação Infantil


•Falar tardiamente
•Dificuldade para pronunciar alguns fonemas
•Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário
•Dificuldade para rimas
•Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome
•Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas
•Dificuldade na habilidade motora fina
•Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa
•Dificuldade para lembrar nomes e símbolo

Na Classe de Alfabetização e 1ª série do Ensino Fundamental

•Dificuldade em aprender o alfabeto
•Dificuldade no planejamento motor de letras e números
•Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )
•Dificuldade com rimas (habilidades auditivas)
•Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)
•Dificuldade em seqüência e memória de palavras
•Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar
•Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
•Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)
•Dificuldade na execução da letra cursiva
•Dificuldade na preensão do lápis
•Dificuldade de copiar do quadro

Da 2ª à 8ª série do Ensino Fundamental

•Nível de leitura abaixo do esperado para sua série
•Dificuldade na sequenciação de letras em palavras
•Dificuldade em soletração de palavras
•Não gostar de ler em voz alta diante da turma
•Dificuldade com enunciados de problemas matemáticos
•Dificuldade na expressão através da escrita
•Dificuldade na elaboração de textos escritos
•Dificuldade na organização da escrita
•Podem ter dificuldade na compreensão de textos
•Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas
•Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios e gírias
•Presença de omissões, trocas e aglutinações de grafemas
•Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas
•Dificuldade em conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
•Dificuldade na compreensão da linguagem não verbal
•Dificuldade em memorizar a tabuada
•Dificuldade com figuras geométricas
•Dificuldade com mapas

Ensino Médio

•Leitura vagarosa e com muitos erros
•Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
•Dificuldade em planejar e fazer redações
•Dificuldade para reproduzir histórias
•Dificuldade nas habilidades de memória
•Dificuldade de entender conceitos abstratos
•Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
•Vocabulário empobrecido
•Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade

Adultos

•Permanência da dificuldade em escrever em letra cursiva
•Dificuldade em planejamento e organização
•Dificuldade com horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)
•Falta do hábito de leitura
•Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas)
Características Gerais Associadas
•A emissão oral é comparativamente muito melhor que do a escrita
•Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa.

O que Fazer? Na Educação Infantil

Mediante uma dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia. É necessário verificar se é uma dislexia propriamente dita, ou se é um atraso no desenvolvimento da leitura decorrente de fatores adversos como uma deficiência sensorial ou atraso cognitivo. No entanto, há casos em que podem ocorrer comorbidades, ou seja, mais de um transtorno ao mesmo tempo. Um exemplo disso é a presença da dislexia associada a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção (mais comumente conhecido pelo frequente sintoma da hiperatividade). Nesses casos, uma avaliação médica faz-se necessária.

Além de verificar os sinais clássicos , devem ser investigadas áreas referentes a:


•capacidades de linguagem
•capacidades oral e escrita (em termos de processamento - o mecanismo da leitura e da escrita; e de uso em contexto - interpretação ou elaboração de textos).
•funções cognitivas superiores como a atenção, memória e percepção (sobretudo auditiva e visual).
•aspectos psicomotores e grafomotores (relacionados, por exemplo, aos sintomas como dificuldade de orientação ou lateralidade e às alterações gráficas da escrita).
•histórico familiar (há estudos que relatam alterações linguísticas diversas, alcoolismo, problemas de tireóide, e outras, em ascendentes de disléxicos).
Estas áreas são utilizadas nas avaliações de fonoaudiologia, e se complementam com as avaliações neuropsicológica e de psicologia cognitiva. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado ou adequado, minimizando, assim, as conseqüências das dificuldades escolares e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.

Como os Pais podem Ajudar?

Seu filho não está indo bem na escola. Ele é o primeiro a saber, mas não sabe o que fazer e como explicar o que acontece. Quanto mais o tempo passar sem que ele tenha ajuda, maiores serão suas dificuldades.

Seja positivo

•Descubra tudo que você puder sobre o desempenho de seu filho e os melhores caminhos para ele.
•Procure o profissional adequado para ajuda-lo. Pai e mãe devem participar juntos desta tarefa.
Seja paciente e perseverante
•Tente desenvolver um bom relacionamento com seus professores e discuta se possível o problema com eles.
•Sempre se pergunte: “O que eu estou fazendo: estou ajudando meu filho ou somente estou dando vazão à minha frustração?”
•Tente ficar calmo ao receber alguma notificação escolar.
•Ensine seu filho a fazer coisas por si próprio, dando-lhe autonomia.
•Ensine a ele como se organizar, usando seu tempo da melhor maneira.
•Seja paciente com os progressos que ele fizer, quando estiver tendo atendimento apropriado. Não vão acontecer milagres. Tudo isto leva tempo. É necessário muita determinação e esforço.

Seja atento

•Ele poderá ter muitos desapontamentos como: ser chamado de bobo ou preguiçoso, chegar atrasado em compromissos, ter frustrações nos trabalhos escolares. Mas vocês como pais podem ajudá-lo a vencer a maioria deles, desde que percebam a tempo. Preste atenção nos sinais de stress, como enurese ou introversão. Não pense que necessariamente todos esses sinais são por causa da dislexia. Seu filho está crescendo e pode ter problemas como qualquer adolescente. Tem que haver uma intervenção gentil, mas com firmeza.
•Vários professores, psicólogos, clínicos e outros profissionais, de alguma maneira compreendem e são solidários aos disléxicos.
•Não o deixe desistir.
•Ele poderá ficar tão cansado com o esforço que faz na escola, que precisará, eventualmente, ter um dia mais folgado.
•Sua criança é disléxica e depende muito de sua atenção. Mas não dê mais atenção a ela do que aos outros membros da família.
•Nunca compare crianças.
•Você pode se tornar neurótico(a) ou super protetor(a), o que é um perigo.

Seja Prático

•Qualquer que seja a idade de seu filho, leia para ele. Muitos disléxicos não compreendem o que estão lendo e é quando você deve agir.
•Digite suas anotações escolares.
•Algumas matérias podem ser gravadas em fita cassete.
•Desenvolva o interesse dele por arte de um modo geral ( teatro, música, arte e música ).
•Assista TV, vídeos com ele e depois converse sobre o que viram.
•Incentive as atividades livres.
•Elogie, motive, informe e estimule sua auto confiança e sua auto-estima.
Botões e Laços
•Não é simples ensiná-los a amarrar cordões em sapatos e a abotoar.
•Sapatos sem cadarços com elástico, ou velcro, podem diminuir o problema, apesar não o resolver.
•Uma pessoa canhota, exercita tarefas de maneira diferente da pessoa destra. Por isso se você e seu filho não usam o mesmo lado das mãos (a mesma lateralidade), você deve ensinar essas tarefas em frente a ele. Caso vocês usem o mesmo lado, isto é, ambos são destros ou ambos são canhotos, você deve ficar atrás dele para ensiná-lo.
•Para ensinar a abotoar, sempre comece da parte inferior do botão e não em cima, pois fica embaixo de seu queixo e ele não poderá ver bem.
•Explique à criança o que você está fazendo, enquanto está executando a tarefa.
Sugestões para os Professores A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.

Destacamos algumas sugestões que consideramos importantes para que ele se sinta seguro, querido e aceito pelo professor e pelos colegas.

•O Disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá de nós mais esforço e disponibilidade do que dispensamos aos demais;
•Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo;
Melhorando a auto-estima:
•Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
•Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
•Valorize o esforço e interesse do aluno;
•Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
•Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
•Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
•Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;
•Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa;
Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.

Monitorando as atividades:

•Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
•Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;
•Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;
•Estimule a expressão verbal do aluno;
•Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
•Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;
•Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
•Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
•Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
•Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as idéias negativas que elas tem de si mesmas e aumentará sua ansiedade;
•Permita o uso de gravador;
•Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;
•"Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;
•Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele;
Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.

Avaliação

•As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:
Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado.
- Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
- Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado

•Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;
- Você pode e deve realizar avaliações orais também.

Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.

fonte-http://www.andislexia.org.br/

terça-feira, 13 de março de 2012

Inclusão Escolar



Antes de tudo, é melhor que se defina o que significa Inclusão Escolar.
Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como “perfeitos e não perfeitos”, “normais e anormais”.
É aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica.
Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada “privilegiada”, mas uma conduta que possibilitasse o “fazer parte”, um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática traz vários benefícios que serão abordados em um próximo artigo.
A escola inclusiva é aquela, como dito anteriormente, que se organiza para atender alunos não apenas ditos “normais”, mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.
Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.
E é aqui que começo a me questionar sobre o que é real e o que pode ser quase utópico, mediante a realidade de nosso sistema educacional.
Como professora e gestalt-terapeuta, não posso deixar de pensar em como é difícil ao ser humano experenciar a inclusão em um relacionamento com outra pessoa dita “normal”e “perfeita”.
Como já é difícil para o homem estar em contato, ser capaz de pular para o outro lado, não ser só empático, mas estar presente e confirmar o outro, suspendendo seus preconceitos, permanecendo aberto para a fenomenologia de outro ser, sem que haja qualquer diferença visível ou manifestação de necessidades especiais... O que dirá quando estas estiverem realmente presentes? Como conseguir falar e conversar com a alma de outro ser e não só com a sua cabeça?
Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre “ensinar inclusivamente”? É como se quiséssemos colher os frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.
A Inclusão Escolar só pode ser viável enquanto fruto e não como terra ou arado. Ela só poderá acontecer realmente quando aquele que tem a função de plantar, ou seja, o professor e toda a equipe que faz parte do funcionamento da escola, desde a direção até o servente, mudarem sua atitude em relação ao lidar com a diferença, aceitando-a, estabelecendo novas formas de relação, de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores que abarcam pena, repulsa e descrença.
Está nosso sistema educacional preparado para acolher a diferença em suas salas de aula?
Penso no predomínio de uma atitude sócio-econômica individualista, no relacionamento conflitante entre escola e família, nos atritos que marcam a comunicação entre professor, pais e o aluno, com tanta dificuldade, hoje, em gostar de aprender, bem como de lidar com a hierarquia e com a colocação de limites. E tudo isso acontece na escola não inclusiva, com alunos ditos “normais”.
Como acolher o aluno com necessidades especiais se não se consegue lidar saudavelmente com as diferenças inerentes à própria existência humana?
A Inclusão Escolar depende antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da Escola e da Sociedade, da qual aquela faz parte, da necessidade de se educarem a si mesmas para lidar com a diferença, antes de criarem técnicas, estratégias ou métodos.
Quando reflito sobre a Inclusão Escolar, dois sentimentos se apropriam de mim: o receio de como esta será conduzida e a preocupação com um equilíbrio filosófico que lhe dê suporte.
Sou contra atitudes extremas e radicais, por serem elas disfuncionais. A meta tem que se basear num enfoque equilibrado, onde, de um lado, não se alimente a segregação do aluno com necessidades especiais, colocando-o em uma sala distanciada, e de outro, não se queira incluí-lo na classe regular, passando por cima de suas características e do que precisa em relação tanto ao espaço físico como de atendimento profissional especializado e multidisciplinar.
Somos seres em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio para mim reside, antes de tudo, em permitir que o aluno portador de necessidades especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como fonte de contato verdadeiro e de amadurecimento mútuo.

A Aprendizagem da Criança


A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. Com aproximadamente três anos, as crianças são capazes de construir as primeiras hipóteses e já começam a questionar sobre a existência.

A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender.

O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem, possibilitando situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa.

Segundo Maria Lúcia Weiss, “a aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo”.

Atualmente, a política educacional prioriza a educação para todos e a inclusão de alunos que, há pouco tempo, eram excluídos do sistema escolar, por portarem deficiências físicas ou cognitivas; porém, um grande número de alunos (crianças e adolescentes), que ao longo do tempo apresentaram dificuldades de aprendizagem e que estavam fadados ao fracasso escolar pôde freqüentar as escolas e eram rotulados em geral, como alunos difíceis.

Os alunos difíceis que apresentavam dificuldades de aprendizagem, mas que não tinha origens em quadros neurológicos, numa linguagem psicanalítica, não estruturam uma psicose ou neurose grave, que não podiam ser considerados portadores de deficiência mental, oscilavam na conduta e no humor e até dificuldades nos processos simbólicos, que dificultam a organização do pensamento, que consequentemente interferem na alfabetização e no aprendizado dos processos lógico-matemáticos, demonstram potencial cognitivo, podendo ser resgatados na sua aprendizagem.

Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas. Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar, sem considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores intra-escolares que favorecem a não aprendizagem.

As dificuldades de aprendizagem na escola, podem ser consideradas uma das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não podemos desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos.

O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria.

Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelo fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma questão de vontade do aluno ou do professor, é uma questão muito mais complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os problemas de relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia de ensino e os conteúdos escolares.

Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos ou somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno isoladamente.

A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz. Se o professor tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido, não permitirá a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Se o professor, mostrar-se despreparado para lidar com o problema apresentado, mais chances terá de transferir suas dificuldades para o aluno.

Os primeiros ensinantes são os pais, com eles aprendem-se as primeiras interações e ao longo do desenvolvimento
, aperfeiçoa. Estas relações, já estão constituídas na criança, ao chegar à escola, que influenciará consideravelmente no poder de produção deste sujeito. É preciso uma dinâmica familiar saudável, uma relação positiva de cooperação, de alegria e motivação.

Torna-se necessário orientar aluno, família e professor, para que juntos, possam buscar orientações para lidar com alunos/filhos, que apresentam dificuldades e/ou que fogem ao padrão, buscando a intervenção de um profissional especializado. Dicas para os pais:

Estabelecer uma relação de confiança e colaboração com a escola;
Escute mais e fale menos;
Informe aos professores sobre os progressos feitos em casa em áreas de interesse mútuo;
Estabelecer horários para estudar e realizar as tarefas de casa;
Sirva de exemplo, mostre seu interesse e entusiasmo pelos estudos;
Desenvolver estratégias de modelação, por exemplo, existe um problema para ser solucionado, pense em voz alta;
Aprenda com eles ao invés de só querer ensinar;
Valorize sempre o que o seu filho faz, mesmo que não tenha feito o que você pediu;
Disponibilizar materiais para auxiliar na aprendizagem;
É preciso conversar, informar e discutir com o seu filho sobre quaisquer observações e comentários emitidos sobre ele.

Cada pessoa é uma. Uma vida é uma história de vida. É preciso saber o aluno que se tem, como ele aprende. Se ele construiu uma coisa, não pode-se destruí-la. O psicopedagogo ajuda a promover mudanças, intervindo diante das dificuldades que a escola nos coloca, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios e resgatando o desejo de aprender.


Nádia Maria Dias da Silva
Pedagoga – Psicopedagoga
Orientadora Educacional
Professora das disciplinas pedagógicas do Curso Normal

quarta-feira, 7 de março de 2012

Gritar com as crianças: NÃO!


Quando os gritos viram rotina
Comunicação, respeito, obediência...
Quando um desses fatores falha, normalmente se ultrapassa o limite do bom senso e os pais procuram lançar mão de um recurso muito inadequado na educação das crianças, que é o GRITO.
Ultrapassar o autocontrole uma vez ou outra devido a alguma travessura da criança é até compreensível, afinal nem sempre a paciência está num bom nível.

O problema é quando os gritos passam a fazer parte do repertório comportamental dos pais e acabam virando rotina.
Das primeiras vezes que a criança ouve os gritos, juntamente com as ameças de castigo ou surras, ela até se sente intimidada, afinal não está acostumada com isso. Porém, conforme vai ouvindo, vai naturalmente se acostumando e consequentemente os gritos deixam de surtir o efeito desejado (a obediência), fazendo com que os pais tenham que gritar cada vez mais alto e com mais frequencia, gerando assim um grande desgaste emocional, abalando diretamente o relacionamento familiar.

A criança pequena desafia os pais o tempo inteiro, naturalmente está buscando limites, precisa sempre testar os pais para saber até onde pode ir. O problema é que na maioria das vezes os pais não sabem como definir esses limites e um grande erro que cometem é demonstrar a elas que não estão sabendo como agir. Exemplo:


"Eu não sei mais o que fazer com você!"

"Você vai me deixar louco (a)!"

E então os gritos passam a fazer parte da rotina:

"JÁ MANDEI VOCÊ ESCOVAR OS DENTES QUANTAS VEZES?!"
"VAI JÁ FAZER A LIÇÃO DE CASA!"
"JÁ FALEI PRA PARAR DE MEXER NAS MINHAS COISAS!"

Geralmente os gritos vem acompanhados de algum tipo de xingamento, demonstrando toda a raiva do momento.

Recuperar a voz de autoridade é um grande desafio para os pais. Eles chegam ao consultório completamente desprovidos de confiança em si mesmos, confusos, muitas vezes perdidos em suas atitudes e da maneira como se sentem, agem, com atitudes que não condizem com seu amor pela criança. O ideal é não deixar a situação chegar nesse ponto, a prevenção é sempre o melhor caminho a seguir. O valor do respeito deve ser ensinado desde cedo.


Dicas:

Fale com autoridade e firmeza na voz, olhando nos olhos da criança.
Diga que não vai aceitar que ela não obedeça (para os casos do comportamento inadequado já estar instalado)
Não diga que vai contar para o pai (ou para a mãe) o que ela aprontou quando ele(a) chegar do trabalho pois dessa maneira você mesmo está tirando sua autoridade.
E principalmente não use as "profecias autorealizáveis" tais como:

(Entre parênteses, o suposto pensamento infantil)

"VOCÊ NUNCA ME OBEDECE!"
(Eu nunca obedeço mesmo)
"VOCÊ SEMPRE FAZ TUDO ERRADO!"
(Se ela está dizendo que faço tudo errado é porque faço mesmo)
"QUANTAS VEZES EU TENHO QUE FALAR PRA VOCÊ ME OBEDECER?"
(Ah não sei, pode ser umas 10 vezes?)
"VOCÊ SÓ OBEDECE NA BASE DO GRITO!"
(Então tá, vou esperar os gritos pra obedecer)
"VOCÊ NÃO TEM JEITO MESMO, SÓ BATENDO!"
(Só tenho jeito se apanhar mesmo)
"EU QUERO VER VOCÊ APRONTAR DE NOVO!"
(Então mamãe/papai quer que eu apronte de novo? É isso?)

Com amor, fé e paciência, acredite que é capaz de fazer o melhor possível pela sua criança amada.

. AMOR E LIMITES NA MESMA MEDIDA .
. CONFIANÇA E PERSEVERANÇA .



Bianca Panini

Psicóloga Clínica CRP 03/03473

domingo, 4 de março de 2012

Educação Infantil : Na Creche


Quanta coisa eles aprendem!
Em nenhuma outra fase da vida as crianças se desenvolvem tão rapidamente quanto até os 3 anos de idade. Daí a importância de entender como cada atividade ou brincadeira ensina.
Ensinar na creche significa permitir que as crianças, ao brincar, explorem objetos e ambientes.
Os pequenos recebem cuidado e atenção e têm espaço para explorar, brincar e se conhecer. Em sala, têm à disposição brinquedos e materiais que incentivam a expressão artística e estimulam a imaginação. No parque, se divertem pisando na areia. Mesmo sem saber ler, manuseiam livros. Muitas vezes, nem conseguem falar e já estão "cantando" cantigas de roda e seguindo a coreografia. Assim é o dia das crianças de até 3 anos nas boas creches do país.

Essas atividades compõem os conteúdos desse nível da Educação Básica. O termo é recente nessa etapa do ensino, mas tem se difundido graças às descobertas sobre a evolução cognitiva e emocional dos bebês. "Todas essas experiências que fazem parte da rotina devem ser organizadas em um currículo de forma a proporcionar o desenvolvimento de habilidades, como andar, e a aprendizagem de aspectos culturais, como o hábito da leitura", diz Beatriz Ferraz, consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo. O conhecimento, nessa fase, se dá basicamente por meio da ação, da interação com os colegas e os adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. "Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento", ressalta Beatriz.

No desenvolvimento ao brincar , a criança aprende :

1. Exploração dos Objetos e Brincadeiras

2. Linguagem Oral e Comunicação

3. Desafios Corporais

4. Exploração do Ambiente

5. Identidade e Autonomia

6. Exploração e Linguagem Plástica

7. Linguagem Musical e Expressão Corporal


Para entender como a criançada aprende tanto ao brincar :

Elas adquirem -

1. Conhecimento pela imaginação

2. Contato com a escrita

3. Domínio do corpo e destreza

4. O mundo todo para conhecer (Eixo: Exploração do Ambiente)

5. A construção da independência

6. Expressão e percepção visual

7. Capacidade de vivência lúdica com a música



Elisabete Cunha
Desenvolvimento Infantil

Mostramos abaixo uma tabela resumo das principais características do desenvolvimento da criança nos seus primeiros anos de vida.

As características mostradas são as mais comuns para cada faixa etária. É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação à tabela de desenvolvimento, e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia, por isto, é imprescindível que os pais saibam como estimular seus filhos e também que o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo pediatra e/ou profissionais especializados.
Para apoiar os pais no correto apoio ao desenvolvimento
de seus filhos, disponibilizamos também diversos cursos.

Faixa Etária Ações que realiza Comportamento Como se comunica
0 a 3 meses No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado.

Passa boa parte do tempo dormindo.

Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele.

No 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais.

Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos.

Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.
Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo.

Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos. Quando ouve a voz dos pais, o bebê vira a cabeça.

Comunica-se através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal.

Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora.

É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
4 a 7 meses Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor.

Rola de um lado para o outro.

Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca.

Apresenta equilíbrio quando colocado sentado. Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva através da expressão facial.

Nesta fase, alguns bebês podem demonstrar medo perante pessoas estranhas.

Fica repetindo os seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor Movimenta a cabeça na direção do som escutado.
Pára de chorar ao ouvir música.

Sorri quando quer atenção do adulto.

Formação do conceito de causa e efeito no momento em que está explorando um brinquedo.

Olha, chacoalha, e atira objetos ao chão.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
8 a 11 meses Engatinha e senta sem apoio.

Consegue ficar em pé com apoio.

Aponta para objetos ou pessoas.

Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções.

Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia.

Reclama quando é contrariado. Localiza a fonte sonora.

Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau.

Começa a compreende o significado de alguns gestos.

Balança a cabeça quando não quer alguma coisa.

Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
1 a 2 anos Anda sem apoio.

Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio.

Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo).

Gosta de rabiscar no papel.

Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo. Mostra senso de humor.

Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.

Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos.

É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o próprio nome.

A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.

A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”.

Esta é a fase das perguntas: “que é isso?”

Usa o próprio nome.

Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas.

Apresenta atenção para histórias pequenas.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
2 a 3 anos Tira os sapatos.

Chuta bola sem perder o equilíbrio.

Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.

Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas. Apresenta percepção de quem é.

Mexe em tudo e faz mal criação, testa a autoridade.

Tenta impor suas vontades.

Prefere companhia para brincar.

Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e surge o plural.

As crianças nesta fase tem uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta.

Pergunta: "cadê", "O que", "onde".

Fala de si mesma na 3a. pessoa.

Chama familiares próximos pelo nome.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
3 a 4 anos Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.

Gosta de desenhar.

Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta.

Consegue pedalar. Brinca com as outras crianças.

Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo. Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas.

Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las.

É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses.

Compreende os conceitos de igual e diferente.

É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor.

Lembra e conta histórias.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
4 a 5 anos Consegue usar a tesoura, corta papel.

Maior domínio no uso de talheres.

Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento. Está mais sociável com as outras crianças.

Se sente grande perto das crianças menores.

Sente vontade de tomar as suas próprias decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras.

Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”.

Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas”, etc.

Gosta de inventar e contar as próprias histórias.

Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.

sábado, 3 de março de 2012

Crianças X Vídeo Game


Bem, queridos, é fato de acordo comum que as tecnologias hoje, ganham em disparada a atenção das crianças, em relação as brincadeiras e diversões de rua. Isto não podemos negar de forma alguma. Também não podemos negar que os jogos de vídeo game, são em um certo ponto, benéficos para o desenvolvimento cognitivo de nossas crianças. Principalmente, se considerarmos o desenvolvimento de funções importantes do cérebro para a vida tanto intelectual quanto prática, como o raciocínio lógico, a estratégia, a tomada decisão, a atenção, a memória, por exemplo.
A questão principal, em meu ponto de vista, não é jogar ou não vídeo game, mas qual é a relação das crianças com este instrumento, e como os pais administram esta relação.
Vejam só, se o vídeo game pode ser benéfico para o desenvolvimento cognitivo e as crianças adoram, porque não utilizá-lo de forma saudável?
E a forma saudável, seria a de ficar atento a que jogos as crianças estão jogando, (por exemplo, alguns jogos, principalmente os de luta ou guerras, podem aumentar significativamente a ansiedade nas crianças, e também alimentar sentimentos de agressividade), e estabelecer regras claras quanto à utilização do video game. Regras que se adeqüem a vida familiar. Por exemplo, podem se estabelecer um horário diário, ou de final de semana para que as crianças possam jogar. Porque o que é prejudicial é que as crianças fiquem o tempo todo que tem livre, jogando vídeo game, e deixem de se relacionar e brincar verdadeiramente com os amigos, e realizar outras atividades que são importantes, como as tarefas e trabalhos de escola. Ou ainda realizá-las de forma deficiente por querer terminar para jogar.
Portanto, o importante é que possamos utilizar da melhor forma possível este que pode ser um aliado na educação e desenvolvimento das crianças.
Então, para recaptular, as dicas mais importantes são:
• Ficar atento aos tipos de jogos que os filhos podem estar utilizando;
• Administrar os dias e tempo de jogo para não atrapalhar as tarefas escolares;
• Não descuidar do quanto os jogos eletrônicos podem estar privando seu filho de outras vivências e relacionamentos importantes.
Seguindo estas instruções quem sabe você possa ficar mais tranqüilo com relação a este assunto e até se divertir com seu filho, fazendo deste um momento que pode ser muito prazeiroso e importante para o relacionamento familiar!!


Simone Ávila
Psicóloga Clínica Especialista em Psicologia da Comunicação Membro associado da ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil